FISIOTERAPIA RESPIRATÓRIA EM PRÉ-ESCOLARES COM PNEUMOPATIAS

Autores deste artigo

• CARLA CRISTINA SOUZA GOMEZ

• PALOMA LOPES FRANCISCO PARAZZI

Resumo

As pneumopatias na infância exigem do fisioterapeuta uma avaliação respiratória e conduta terapêutica especializada. É necessário que o profissional entenda as complexidades da evolução das doenças pulmonares e que saiba planejar e desenvolver um programa terapêutico personalizado. Para isso, o profissional deve considerar na sua avaliação: a idade da criança, o comprometimento respiratório, o estágio da doença, a exacerbação pulmonar e a motivação da criança, em conjunto com o cuidador e/ou familiares. Os objetivos da fisioterapia respiratória em crianças com doenças pulmonares crônicas envolvem: instrução dos pacientes e seus cuidadores em relação à melhor manobra e técnica realizada, orientação da rotina de exercícios e sua sequência em relação à medicação e terapia inalatória, assim como do manejo e dos cuidados de higiene com os dispositivos respiratórios, como inaladores e instrumentais utilizados durante a fisioterapia. A adaptação dos recursos fisioterapêuticos para as crianças em idade pré-escolar é fundamental para auxiliá-las a aprender e realizar corretamente o exercício respiratório solicitado. Em crianças pré-escolares, conduzir a terapia de forma lúdica durante a sessão fisioterapêutica é uma estratégia promissora para um tratamento bem-sucedido, tendo como objetivos promover maior interesse e interação da criança durante a terapia, auxiliar na adesão ao tratamento, além de treiná-la quanto a controle e coordenação durante diferentes padrões respiratórios, para assim prepará-la para a realização de técnicas fisioterapêuticas, procedimentos de avalição respiratória, terapia inalatória e exercícios respiratórios de forma correta e eficaz. Com a chegada da adolescência, a adesão ao tratamento tende a diminuir e a função pulmonar piorar, simultaneamente. Assim, práticas e recursos que mantenham esses pacientes focados para realização da fisioterapia respiratória e de exercícios devem ser orientados, adaptados e estimulados.

Palavras-chave

Pediatria; Pneumopatia; Fisioterapia respiratória; Tosse crônica