HDL: PROGRESSO COMO ALVO TERAPÊUTICO E ESPERANÇA ALÉM DA LDL

Autores deste artigo

• SARAH FAGUNDES GROBE

• LUÍS HENRIQUE WOLFF GOWDAK

Resumo

O impacto exercido pelo controle dos fatores de risco em prevenção cardiovascular é determinante para a redução da mortalidade pela doença aterosclerótica; contudo, mesmo com tantos avanços, a prevenção da doença permanece desafiadora. As lipoproteínas são as maiores mediadoras de aterosclerose, sendo os níveis elevados da partícula de baixa densidade (LDL-c) reconhecidos como importante fator de risco para a incidência de mortalidade por doença arterial coronariana. O risco de eventos é reduzido proporcionalmente à redução da LDL-c, no entanto, existe um risco residual de eventos que ocorre mesmo com a terapia hipolipemiante otimizada. É fundamental descobrir novas partículas que traduzam o risco cardiovascular residual e reconhecer outras estratégias farmacológicas que estejam habilitadas para conter os eventos coronarianos futuros. Nesse sentido, a partícula de alta densidade (HDL-c) passou a ser alvo de intensas pesquisas por ativar uma variedade de sinais intracelulares dentro das células endoteliais, macrófagos e plaquetas, apresentando efeitos pleiotrópicos que vão além do transporte reverso do colesterol. Há pelo menos 50 anos, a HDL-c foi identificada como fator de risco maior e independente para o desenvolvimento de doença aterosclerótica, mas, por apresentar um metabolismo complexo, sua habilidade em predizer risco cardiovascular depende não só da quantidade plasmática, mas também da sua qualidade.

Palavras-chave

HDL colesterol; Doença coronariana; Metabolismo de lipoproteínas