LUTO NO IDOSO

Autores deste artigo

• HUMBERTO ALEXANDRE AMADORI

• ANA LUCIA FIEBRANTZ PINTO

Resumo

A ocorrência de luto agudo durante a terceira e quarta idade é um processo frequente na população idosa. O luto agudo é um processo esperado como consequência da perda de um vínculo afetivo. Na maioria das vezes, porém evolui para luto integrado, ressignificação da relação com o ente querido que faleceu. A sua cronificação com morbidade e limitação funcional, luto complicado, pode ser bastante deletéria para o idoso. Pacientes do sexo feminino, de baixa escolaridade, antecedente de morbidades psiquiátricas bem como aqueles que perdem o cônjuge e filhos bem como, morte por métodos violentos tem maior chance para esta complicação. As manifestações do luto podem ser díspares de pessoa para pessoa. O subdiagnóstico de luto complicado na pessoa idosa infelizmente é frequente por parte dos profissionais de saúde. Por isso, o conhecimento das ferramentas para rastreio e diagnóstico são imprenscindíveis. Embora o luto complicado possa compartilhar algumas características clínicas em comum com o transtorno depressivo maior, corresponde a entidade clínica única, reconhecida tanto pelo Manual de Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais 5.ª edição (DSM-5) e Classificação Internacional de Doenças (CID-11). A Terapia de Luto Complicado é a abordagem terapêutica mais alicerçada na medicina baseada em evidências. O uso de farmacoterapia, embora muito adotado na prática, ainda carece de evidências, devendo a psicoterapia ser considada um instrumento importante no tratamento.

Palavras-chave

Perdas; Luto no idoso; Luto não reconhecido; Luto complicado.