Otites Crônicas: abordagem prática

Autores deste artigo

• FÁBIO ANDRÉ SELAIMEN

• NICOLE CISLAGHI SARTOR

• ROCHANNE MACIEL

• SADY SELAIMEN DA COSTA

Resumo

A otite média (OM) é definida como um processo inflamatório, infeccioso ou não, localizado de modo focal ou generalizado na fenda auditiva. Pode ser classificada temporalmente como aguda ou crônica, sendo que o último grupo poderá ser caracterizado segundo critérios clínicos, temporais ou histopatológicos. As otites médias crônicas (OMCs) apresentam uma gama variada de formas clínicas, sendo divididas principalmente como colesteatomatosa (OMCC) e não colesteatomatosa (OMCNC). A primeira diferencia-se da segunda pela presença de epitélio escamoso queratinizado com acúmulo de queratina esfoliada dentro da orelha média ou de qualquer área pneumatizada do osso temporal. Ao passo que a OMCNC apresenta como formas clínicas principais as retrações e as perfurações, a OMCC é classificada majoritariamente de acordo com a via de formação do colesteatoma. Os sintomas mais comuns da OMC são otorreia e hipoacusia. Outros sintomas menos frequentes são otalgia, zumbido, tontura e vertigem e, muito raramente, paralisia facial. O tratamento de cada uma das OMCs será dividido entre o manejo clínico e o cirúrgico. O tratamento cirúrgico tem como objetivos a remoção de todo tecido doente da orelha média, a preservação ou reconstrução do complexo da orelha média e, quando possível, a restauração dos mecanismos que conduzem o som.

Palavras-chave

Retração timpânica; Perfuração timpânica; Otite média crônica; Colesteatoma; Classificação