PERSPECTIVAS DE NOVOS TRATAMENTOS PARA POLIPOSE NASAL

Autores deste artigo

• ROGÉRIO PEZATO

• CAMILA FREIRE DE VASCONCELLOS

• ANDREA GOLDWASSER DAVID

• DEBORA PETRUNGARO MIGUEIS

Resumo

A polipose nasal (PN) consiste em uma doença benigna que se manifesta pela presença de pólipos em ambas as fossas nasais e, normalmente, se inicia no meato médio, na fase adulta, com diferentes endótipos e fenótipos. Muito se discute sobre sua fisiopatologia e alternativas de tratamento. A PN pode ser classificada em tipo 2 (quando há predomínio de inflamação mediada por interleucinas [ILs], como IL-4, IL-5 e IL-13, importante eosinofilia e imunoglobulinas [Igs]) e não tipo 2. O endótipo tem sido determinante para a escolha do tratamento. A utilização de anticorpos monoclonais anti-IL-5, antirreceptor de IL-4 e IL-13 e anti-IgE proporciona o controle dos sintomas da PN e da recidiva dos pólipos nasais. Estudos afirmam que as células-tronco estão alteradas em concentração e capacidade de diferenciação, com interferência nos processos de inflamação crônica e de remodelação, característicos dessa doença nasal. A disfunção mecânica tecidual presente na mucosa doente propicia o edema e diminui a pressão hidrostática intersticial (PHI). Portanto, o incremento dessa pressão pode emergir como possível forma de tratamento e diminuição de recidivas. A formação de biofilmes favorece o ambiente pró-inflamatório e causa disfunção ciliar, contribuindo para a patogênese da PN. Os probióticos diminuem a adesão de patógenos à mucosa, restauram a barreira epitelial e modulam a resposta imune, sendo amplamente utilizados no tratamento da disbiose. Mais estudos são necessários para padronizar os probióticos como alternativa de tratamento da PN.

Palavras-chave

Polipose nasal; PN; Rinossinusite crônica; RSC; Endótipos; Imunobiológicos