pressão esofágica para avaliação da função pulmonar: evidências e aplicabilidade

Autores deste artigo

• GIOVANI ASSUNÇÃO DE AZEVEDO ALVES

• PABLO CALMON ALVES SILVA

Resumo

Uma adequada monitoração do sistema respiratório é muito importante para a assistência de paciente críticos na unidade de terapia intensiva (UTI). O comportamento da mecânica do sistema respiratório pode ser avaliado de forma mais precisa com a mensuração das pressões esofágica e gástrica, pois delas é possível obter a pressão transpulmonar, que é resultante da diferença entre a pressão nas vias aéreas alveolar e a pressão pleural alveolar. Considerando que pacientes com síndrome do desconforto respiratório agudo (SDRA) têm alterações na pressão pleural em razão do comprometimento da elastância e do volume pulmonar, a avaliação da pressão transpulmonar possibilita um ajuste da pressão expiratória final positiva (PEEP) mais seguro e efetivo para recrutamento alveolar. Trata-se de conceito atual, quando são observados mecanismos de lesão pulmonar e, assim, a pressão transpulmonar reduz o estresse ao final da inspiração e o colapso na expiração. No entanto, foi identificado que menos de 1% dos pacientes com SDRA são monitorados de forma invasiva para mensuração da pressão esofágica. Para avaliação da pressão esofágica e sua aplicação para cálculo da pressão transpulmonar, é necessária a introdução de um cateter esofágico nasogástrico. A pressão esofágica é equivalente à pressão pleural, e a pressão alveolar é obtida com uma pausa inspiratória, considerada pressão de platô.

Palavras-chave

Fisioterapia; Cateter esofágico; Pressão expiratória final positiva