RECOMENDAÇÕES ATUAIS EM HÉRNIA DIAFRAGMÁTICA CONGÊNITA

Autores deste artigo

• CLARICE BEATRIZ GIACOMINI

• ANDRÉA LÚCIA CORSO

• RITA DE CÁSSIA SILVEIRA

• JOSÉ CARLOS FRAGA

Resumo

A hérnia diafragmática congênita é uma malformação rara do diafragma em que há uma protrusão de vísceras do abdome para o interior da cavidade torácica e que resulta em hipoplasia pulmonar, hipertensão pulmonar e disfunção cardíaca. O manejo complexo e a mortalidade elevada estimularam o desenvolvimento de consensos entre especialistas para a obtenção de protocolos desde o pré-natal até a alta hospitalar, os quais permitem a unificação dos registros em pool de dados para análise e avanços técnicos no manejo tanto clínico quanto cirúrgico. A avaliação e o acompanhamento pré-natal são importantes para o acurado diagnóstico, e para predizer desfechos e direcionar tratamentos. Ao nascimento, é recomendada a intubação imediata. O manejo terapêutico pós-natal consiste em ventilação protetora, tratamento da hipertensão pulmonar, otimização hemodinâmica e cirurgia. As técnicas cirúrgicas dependem do tipo e da extensão do defeito. A oclusão traqueal pré-natal vem se tornando uma possibilidade terapêutica em centros especializados. O uso de oxigenação por membrana extracorpórea é alvo de controvérsias e sua indicação deve ser ponderada com fatores clínicos e expertise da equipe.

Palavras-chave

Hérnia diafragmática congênita; Hérnia de Bochdalek; Hipertensão pulmonar