SÍNDROME PÓS-TRAUMA: proposta de novos elementos considerando as mulheres vítimas de violência

Autores deste artigo

• YANKA ALCÂNTARA CAVALCANTE

• NATÁLIA BARRETO DE CASTRO

• MARCOS VENÍCIOS DE OLIVEIRA LOPES

Resumo

A violência contra a mulher (VCM), reconhecida como um problema de saúde pública pela Organização Mundial da Saúde (OMS), provoca desde desfechos nocivos físicos a transtornos psíquicos às mulheres vitimizadas. Esses transtornos necessitam de abordagem do enfermeiro, participante da linha de frente dos cuidados e da promoção da saúde com vistas à recuperação do bem-estar e da integralidade física/mental da vítima. Tendo em vista que a prática de enfermagem tem ganhado aprimoramentos ao cuidado de mulheres vítimas de violência, observou-se que o diagnóstico de enfermagem (DE) Síndrome pós-trauma (00141) da NANDA International Inc. (NANDA-I), ainda que apropriado ao desenvolvimento de um plano de cuidados, requer melhorias e reestruturação em sua estrutura teórica, uma vez que apresenta fragilidades referentes a seus elementos. Dessa forma, este artigo tem por objetivo analisar este fenômeno na versão atual da NANDA-I, assim como propor uma nova estrutura diagnóstica para o DE Síndrome pós-trauma mediante a construção de uma teoria de situação específica (TSE), por meio das fases de uma teoria de médio alcance (TMA), em consonância com a Teoria feminista de Bell Hooks. Com os resultados dos estudos, foram identificados 13 elementos antecedentes (fatores etiológicos) e 15 elementos consequentes (12 diagnósticos de enfermagem da NANDA-I e três indicadores clínicos); desses elementos, somente um antecedente fazia parte da estrutura trazida na NANDA-I atual e três elementos consequentes já estavam apresentados no DE, determinando a importância da reformulação da estrutura diagnóstica em torno do público-alvo de mulheres vitimizadas pela violência.

Palavras-chave

Violência contra a mulher; Diagnóstico de enfermagem; Síndrome pós-trauma