Objetivos
Ao final da leitura deste capítulo, o leitor será capaz de
- reconhecer os principais aspectos da avaliação e do tratamento das disfunções do punho e da mão;
- identificar as características clínicas das disfunções do punho e da mão;
- estabelecer o diagnóstico cinético–funcional das disfunções do punho e da mão;
- propor um plano de tratamento adequado para as disfunções do punho e da mão.
Esquema conceitual
Introdução
O punho e a mão são importantes estruturas funcionais da extremidade superior e, portanto, estão expostas a lesões e sobrecargas.1
Para executar as mais variadas tarefas, a mão apresenta um complexo sistema osteomuscular, que atua de maneira harmônica para produzir os diversos tipos de preensões e pinças, por meio da ação combinada da musculatura extrínseca e intrínseca da mão, associada a uma ampla rede capsuloligamentar.2
O punho, por sua vez, é caracterizado por ser multiarticular e biaxial, sendo o elo final das articulações que posicionam a mão em qualquer ângulo para a realização de atividades funcionais, controlando a relação sinérgica de comprimento–tensão dos músculos multiarticulares, cujos tendões atravessam estreitos túneis osteofibrosos para otimizar sua excursão, à medida que se ajustam às várias atividades em diferentes posturas, com graus variados de esforço e repetitividade.2
As disfunções ortopédicas mais frequentes podem ser classificadas como osteoartrites, síndromes compressivas e tendinopatias. Portanto, na presença de uma lesão ou doença, os pacientes necessitam de uma abordagem reabilitativa específica embasada em evidências científicas, após avaliação com instrumentos e técnicas acurados, para identificar as disfunções e analisar a evolução de um tratamento, favorecendo a comunicação entre os profissionais.3,4