Objetivos
Ao final da leitura deste capítulo, o leitor será capaz de
- descrever a epidemiologia, a fisiopatologia e a etiopatogenia da cólica nefrética;
- revisar os fatores de risco para cólica nefrética;
- identificar as manifestações clínicas da cólica nefrética;
- solicitar exames complementares para o diagnóstico de cólica nefrética;
- realizar o diagnóstico diferencial em caso de suspeita de cólica nefrética;
- tratar o paciente com cólica nefrética no departamento de emergência.
Esquema conceitual
Introdução
A cólica nefrética é o termo utilizado para designar o surgimento de dor na região lombar e/ou nos flancos, resultante da impactação de cálculos renais ao longo do trato urinário, mais comumente nos ureteres. De forma clássica, trata-se de um quadro álgico agudo de rápida instalação e elevada intensidade, desencadeado, na imensa maioria das vezes, pela obstrução total ou parcial das vias urinárias pelos cálculos, cujos mecanismos de formação serão brevemente detalhados neste capítulo. 1–5
Apesar de a nefrolitíase não ser a única causa possível de dor na região dos flancos, a sua frequência e a intensidade do quadro álgico decorrente de sua impactação nas vias urinárias tornam a cólica nefrética o principal diagnóstico diferencial para o surgimento de dor aguda nessa topografia, sendo o foco deste capítulo.1–5
Em relação às causas de cólica nefrética, algumas condições menos frequentes, como coágulos oriundos de sangramentos das vias urinárias extraglomerulares, também podem figurar entre as causas possíveis dessa entidade clínica, em especial, nas situações de ausência de litíase detectável aos métodos de imagem.1–5