- Introdução
“Mastalgia” é o termo utilizado para definir a dor localizada na mama, devendo ser considerada mais um sintoma do que uma doença.
Mastalgia ou dor mamária é um sintoma bastante recorrente, prevalente em 41 a 69% das mulheres que procuram atendimento nos consultórios clínicos e cirúrgicos.1
Em função de a mastalgia ser um sintoma muito comum na atenção primária, é importante que o médico de família e comunidade (MFCmédico de família e comunidade) saiba reconhecê-lo e tratá-lo.
As causas mais comuns que levam o paciente a procurar atendimento médico por problemas relacionados à mama são mastalgia, massa palpável e secreção da mama.2
A fisiopatologia das mastalgias, na qual estão associados fatores hormonais, alimentares, metabólicos e emocionais, continua com a etiologia desconhecida.
Diversos diagnósticos diferenciais são relevantes quando se trata da dor na mama. Pacientes com dor na mama devem ser avaliados por meio de história clínica e exame físico detalhado para determinar se a dor é em função de alterações fisiológicas normais relacionadas à flutuação hormonal ou a um processo patológico, como o câncer de mama.
- Objetivos
Ao final da leitura deste artigo, o leitor será capaz de
- identificar as diferentes etiologias da mastalgia e seus diagnósticos diferenciais;
- promover a abordagem racional dos pacientes com sintomas de mastalgia na atenção primária;
- revisar as indicações do tratamento medicamentoso e estabelecer o momento de utilizar exames complementares;
- considerar a orientação verbal um ponto importante do tratamento da mastalgia;
- reconhecer, entre os pacientes sintomáticos, aqueles com sinais de alerta para neoplasias e/ou doenças extramamárias;
- avaliar a necessidade de investigação mais detalhada e referenciar de forma adequada os casos que devem ser tratados nos setores secundários e terciários.
- Esquema conceitual