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ABORDAGEM DA SEPSE E DO CHOQUE SÉPTICO NA EMERGÊNCIA

Autores: Joelma Gonçalves Martin, José Roberto Fioretto
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Introdução

A sepse é uma síndrome clínica complexa, decorrente de resposta desregulada do organismo a um insulto infeccioso. Essa condição pode evoluir para estágios mais graves, conhecidos como quadros correlatos, que, na verdade, representam um continuum da sepse e, se não reconhecidos e tratados precocemente, resultam em disfunção de múltiplos órgãos e, por fim, morte.1 Essa disfunção orgânica com risco de vida é consequência de uma resposta desregulada do organismo à infecção.2

Em todo o mundo, a sepse e os quadros correlatos são causas importantes de morbidade e mortalidade em crianças. A mortalidade varia de 4 a 50%, muitas vezes em decorrência de choque séptico refratário à terapêutica inicial e/ou à síndrome de disfunção de múltiplos órgãos e sistemas, que geralmente surgem nas primeiras 48 a 72 horas do tratamento.3

Em 2001, foi constituída a primeira Campanha de Sobrevivência à Sepse (CSS), pela Society of Critical Care Medicine e pela European Society of Intensive Care Medicine, e o Fórum Internacional de Sepse. Após a edição de 2016, foi reafirmado o compromisso com as diretrizes com base em evidências para pacientes de todas as faixas etárias. Surgiu, assim, a CSS 2020, específica para a pediatria,3 com orientações direcionadas a essa população.4

A elevada mortalidade por sepse em crianças está associada ao atraso no diagnóstico, à admissão hospitalar tardia e, ainda, à baixa aderência aos protocolos de tratamento propostos pela American College of Critical Care Medicine Clinical, pelo Pediatric Advanced Life Support (ACCM/PALS) e pela CSS.3

Objetivos

Ao final da leitura deste capítulo, o leitor será capaz de

 

  • reconhecer prontamente a criança com sepse e choque séptico;
  • discorrer sobre as etapas de tratamento da sepse e do choque séptico já orientadas na literatura a serem priorizadas, como reposição volêmica e assistência ventilatória e medicamentosa;
  • discutir medidas adicionais, caso não haja resposta apropriada ao tratamento da sepse e do choque séptico.

Esquema conceitual

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