- Introdução
O herpes-zóster é uma doença comum no cenário da atenção primária à saúde (APSatenção primária à saúde) e tem potencial de causar grande morbidade nas pessoas acometidas. Trata-se de erupção localizada, intensa e dolorosa, causada pela reativação do vírus varicela-zóster (VVZvírus varicela-zóster), que persiste de forma latente no sistema nervoso após a primoinfecção de varicela.
O herpes-zóster é caracterizado por vesículas agrupadas, que estão confinadas à distribuição cutânea de um ou mais nervos sensoriais adjacentes. O diagnóstico é clínico, e cabe ao médico de família e comunidade (MFCmédico de família e comunidade) a suspeita frente a uma apresentação compatível, principalmente em idosos e imunossuprimidos. O tratamento inclui o manejo da dor aguda e o uso de antivirais, que têm benefício maior em especial nas primeiras 72 horas de início do quadro.
A principal e mais frequente complicação envolvida no herpes-zóster é a neuralgia pós-herpética, com dor crônica de caráter neuropático na área acometida. Há duas vacinas desenvolvidas contra a doença, indicadas para idosos, independentemente do estado vacinal do paciente. Uma delas já está disponível no Brasil, mas seu elevado custo ainda é um fator limitante.
- Objetivos
Ao final da leitura deste artigo, o leitor será capaz de
- reconhecer as manifestações clínicas do herpes-zóster e suas principais complicações;
- avaliar a indicação de tratamento do herpes-zóster e de como e quando fazê-lo;
- identificar as situações especiais que envolvem o herpes-zóster.
- Esquema conceitual