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ABORDAGEM DOS NÓDULOS TIREOIDIANOS NO IDOSO

Roberta Campos Paschoalin

Marcus Vinicius da Silva Amorim

epub-PROGER-C8V3_Artigo

Objetivos

Ao final da leitura deste capítulo, o leitor será capaz de

 

  • identificar os principais fatores de risco e as características dos nódulos tireoidianos que possam sugerir malignidade;
  • descrever a solicitação da propedêutica necessária para o diagnóstico do nódulo tireoidiano;
  • reconhecer a importância do diagnóstico precoce em caso de malignidade e, ao mesmo tempo, evitar iatrogenia, principalmente na população idosa;
  • estabelecer a necessidade de monitoramento clínico e ultrassonográfico de acordo com as características dos nódulos tireoidianos;
  • determinar o momento de encaminhar ao especialista para avaliação cirúrgica.

Esquema conceitual

Introdução

Os nódulos tireoidianos são definidos como lesões discretas dentro da glândula tireoide, radiologicamente distintas do parênquima tireoidiano circundante.1 São encontrados frequentemente na prática clínica e constituem a principal manifestação de uma série de doenças tireoidianas. Podem ainda ser notados pelo paciente, por um clínico durante exame de rotina ou em um procedimento radiológico.

Um dos desafios da prática clínica atual é identificar e manejar de maneira correta nódulos tireoidianos em pacientes idosos, sendo extremamente importante o entendimento das ferramentas disponíveis para auxiliar o médico assistente a decidir a melhor conduta.2

O número crescente de diagnósticos de nódulos tireoidianos é um fator que demonstra a necessidade de o geriatra conhecer e se aprofundar no tema, cada vez mais frequente no consultório, entendendo as particularidades dessa patologia nos pacientes com idade avançada.2

A grande importância do manejo dos nódulos de tireoide se baseia no fato de que, apesar da grande maioria representar lesões benignas, é necessário excluir o câncer de tireoide, que ocorre em 5 a 10% dos casos, e identificar aqueles que causam — ou que podem causar — sintomas compressivos (5%) ou disfunção tireoidiana (5%).2

O diagnóstico requer uma história clínica detalhada e um exame físico cuidadoso, além da dosagem de hormônio estimulador da tireoide (TSH) sérico e da realização de ultrassonografia (USG) de tireoide e região cervical. De acordo com os resultados, define-se a conduta.

Nódulos benignos podem ser apenas acompanhados, enquanto nódulos malignos, em sua maioria, devem ser submetidos à cirurgia. Em idosos, o manejo deve ser guiado não apenas pelo risco de malignidade, mas também pelos riscos relativos de qualquer intervenção.3

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