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PAPEL DO GERIATRA NAS FRATURAS DE FÊMUR PROXIMAL: DO DIAGNÓSTICO AO TRATAMENTO

Amanda Valim Kampa Cassab

José Marcos Lavrador Filho

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Objetivos

Ao final da leitura deste capítulo, o leitor será capaz de

 

  • considerar a complexidade do processo de assistência ao paciente idoso acometido por fratura de fêmur proximal;
  • reconhecer os tipos de fratura na porção proximal do fêmur e as diferenças no tratamento cirúrgico de cada um deles;
  • analisar a possível avaliação multidimensional do paciente idoso que está acamado por queda e fratura;
  • descrever os aspectos mais importantes a serem vigiados após a cirurgia ortopédica no acompanhamento longitudinal dos pacientes;
  • reconhecer seu papel de protagonismo como médico geriatra na assistência ao paciente idoso hospitalizado por fratura de fêmur, dando o suporte necessário às demais equipes.

Esquema conceitual

Introdução

No estudo da geriatria e da gerontologia, alguns assuntos são considerados de importância maior devido a sua relevância como determinantes da qualidade do envelhecimento de cada indivíduo. Esses assuntos são referentes às síndromes geriátricas e, entre elas, destacam-se a instabilidade postural e as consequentes quedas.

As quedas, suas causas e suas consequências são um tema abrangente que todo profissional que atua na área do envelhecimento deve conhecer detalhadamente. Este capítulo não abordará todos os aspectos relacionados às quedas, mas se aterá a uma de suas piores consequências, as fraturas das porções proximais do fêmur.

O aumento da expectativa de vida e, consequentemente, o aumento da população geriátrica fazem essas fraturas apresentarem uma projeção de crescimento exponencial de custos nas próximas décadas, com expectativa de gasto médico anual chegando a 9,8 bilhões de dólares nos Estados Unidos até o ano de 2040.1

Fraturas proximais do fêmur levam a imobilidade, hospitalização, realização de exames complementares, tratamento cirúrgico e todas as complicações inerentes ao processo, desde o diagnóstico até o tratamento definitivo e a reabilitação. É um período crítico, de grande morbidade e com alto risco de mortalidade, no qual a atuação da equipe multidisciplinar de saúde se faz necessária para minimizar o sofrimento do paciente.

Nesse contexto de alta complexidade, qual é o papel do médico geriatra? Existe espaço para a atuação desse profissional?

O presente capítulo mostrará que a assistência aos idosos com fraturas proximais de fêmur é o conjunto de decisões não apenas do ortopedista e do anestesiologista, mas que passa também pelo olhar atento e pela habilidade clínica do geriatra. A interdisciplinaridade harmoniosa é determinante para o sucesso do tratamento.

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