Objetivos
Ao final da leitura deste capítulo, o leitor será capaz de
- explicar a etiopatologia do adenocarcinoma da glândula apócrina do saco anal (Agasaca, em inglês, apocrine gland anal sac adenocarcinomas);
- descrever o perfil dos pacientes acometidos por Agasaca;
- caracterizar a manifestação clínica do Agasaca;
- especificar o comportamento biológico do Agasaca;
- listar as principais ferramentas de diagnóstico do Agasaca;
- elencar as principais terapias para tratar Agasaca;
- identificar os principais fatores prognósticos do Agasaca.
Esquema conceitual
Introdução
Os tumores de saco anal, principalmente na variante maligna, são comuns na medicina veterinária e estão relacionados a um potencial agressivo, com importantes taxas de infiltração local e metástase a distância. O prognóstico varia de reservado a desfavorável em razão do diagnóstico frequentemente tardio e da baixa eficácia das modalidades terapêuticas disponíveis atualmente.
Neste capítulo, serão abordados os principais pontos relacionados ao Agasaca em caninos, desde a anatomofisiologia dos sacos anais, etiologia e epidemiologia, apresentação clínica e comportamento biológico da neoplasia, além das ferramentas diagnósticas e terapêuticas mais relevantes, fatores prognósticos e possíveis abordagens a fim da prevenção.
Anatomia e fisiologia dos sacos anais
A região perianal dos cães contém glândulas com diversas funções no organismo, destacando-se as glândulas perianais, também conhecidas como glândulas hepatoides, e os sacos anais.1 Os sacos anais são estruturas presentes nos carnívoros, constituindo-se em divertículos cutâneos localizados entre os músculos interno e externo do esfíncter anal, dispostos em pares. Cada saco anal tem um ducto excretor que se abre na superfície cutânea, sendo localizados na região ventrolateral direita e ventrolateral esquerda do ânus em cães e gatos.1-4
No interior dos divertículos, estão presentes as glândulas conhecidas como glândulas apócrinas do saco anal, que dão origem à neoplasia de mesmo nome.1,3,4 As glândulas estão concentradas, principalmente, na região de fundo dos sacos anais, enquanto a superfície ductal é permeada por glândulas sebáceas. Ambos, sacos anais e ductos excretores, são revestidos por epitélio escamoso estratificado.2
O suporte sanguíneo da região é realizado pelas artérias retais caudais e artérias perineais caudais.2 A drenagem linfática é realizada por múltiplas vias, ocorrendo, sobretudo, para a cadeia linfática sublombar ou linfocentro ileossacral, composto pelos linfonodos ilíaco médio, ilíaco interno e sacrais.5
Os sacos anais têm sua função associada a comportamentos sociais, sexuais e territoriais.2,6
No interior dos sacos anais, é formado um conteúdo fluido e fétido, composto por secreções das glândulas apócrinas e sebáceas, além de epitélio descamado e bactérias. A liberação desse conteúdo é controlada pelo esfíncter anal externo.2,6
As afecções dos sacos anais podem ser categorizadas em duas classes: condições não neoplásicas, como traumas, abcessos e saculite; e condições neoplásicas, predominantemente, adenomas e carcinomas.2
Etiologia e epidemiologia
As neoplasias de saco anal se desenvolvem a partir das glândulas apócrinas localizadas no interior dos sacos anais e, dessa forma, podem ser chamadas adenomas de saco anal ou adenomas da glândula apócrina do saco anal para a variante benigna; e carcinoma de saco anal ou Agasaca para a variante maligna.1,3,4
A etiologia das neoplasias de saco anal não está completamente elucidada.1 Estudos sugerem a atuação de inflamações crônicas e processos bacterianos como fatores predisponentes.6 A influência hormonal, confirmada em outras neoplasias perianais, não é considerada fator relevante nesse tipo tumoral.3,7
O Agasaca figura entre as neoplasias mais frequentes da região perianal nos caninos, correspondendo a 17% dos tumores dessa localização e a 2% de todas as neoplasias cutâneas. Os tumores malignos de sacos anais são raros na espécie felina, e os tumores benignos são incomuns em ambas as espécies.1,3,4
O perfil de acometimento de Agasaca envolve, principalmente, animais adultos e idosos,1,3,8-11 e a predisposição sexual não é atualmente confirmada.3,4,8,10,11
Em relação ao fator racial, a predisposição é descrita especialmente nas raças1,3,8,10,11
- Cocker Spaniel;
- Dachshund;
- Pastor-Alemão.
Descreve-se, ainda, o peso médio dos pacientes com Agasaca entre 22 e 26kg, demonstrando o acometimento, sobretudo, em animais de médio porte.9,12
A literatura brasileira descreve maior acometimento de Agasaca em machos idosos, com média de idade em 11,2 anos. A maior incidência se dá em animais sem raça definida (SRD), seguidos pelas raças13
- Poodle;
- Cocker Spaniel;
- Dachshund.
Apresentação clínica e comportamento biológico
O Agasaca, geralmente, tem início discreto,3 manifestado em massas intradérmicas e subcutâneas, firmemente aderidas ao redor dos sacos anais (Figura 1A),4 perceptíveis somente à palpação retal.1 Posteriormente, com o avanço do caso, podem ser observadas massas externas de grandes dimensões (Figura 1B), semelhantes às neoplasias de glândula hepatoide.3,4
FIGURA 1: A e B) Paciente canino manifestando carcinoma de saco anal em manifestação típica. Diagnóstico confirmado mediante exame de histopatologia. // Fonte: Arquivo de imagens dos autores.
A manifestação do Agasaca é mais frequentemente unilateral, com cerca de 7 a 14% dos casos ocorrendo de forma bilateral.1,9,12 Ulcerações são consideradas incomuns.4 As dimensões médias do tumor no momento do diagnóstico, descritas em estudos internacionais, variaram de 0,5 a 2cm.3,4,10,12,14 Entretanto, em estudo nacional, foram observadas dimensões maiores, com maior diâmetro tumoral médio de 5,4cm no momento do diagnóstico.13
Quanto ao comportamento biológico do Agasaca, a neoplasia apresenta agressividade local variável, com elevado potencial metastático. Sugere-se que, no momento do diagnóstico inicial, as metástases regionais já estejam presentes em cerca de 26 a 96% dos casos1,3,4 e metástases a distância, em 0 a 42% dos casos.1,15
A principal via de disseminação do Agasaca é a linfática, podendo ser explicado pela importante vascularização encontrada na submucosa dos sacos anais.3 Os linfonodos mais acometidos são aqueles do linfocentro ileossacral, sobretudo o linfonodo ilíaco interno, com casos atípicos de acometimento em linfonodos inguinais.5
No Agasaca, a hipercalcemia paraneoplásica é amplamente descrita, com incidência entre 25 a 51% dos casos,1,3,9,12,15 e as metástases a distância ocorrem, principalmente, para1,3,4,15
- pulmões;
- fígado;
- baço;
- ossos.
Hipercalcemia paraneoplásica é uma síndrome que ocorre pela produção tumoral do peptídeo relacionado ao paratormônio (PTH-rP), que tem ação semelhante à do hormônio de mesmo nome,1,3,4 somado a citocinas que apresentam ação sinérgica, como interleucina-1 (IL-1) e fator de necrose tumoral (TNF, em inglês, tumoral necrosis factor).3
Os sinais clínicos do Agasaca podem estar relacionados à presença da massa primária e de linfonodos regionais aumentados, causando desconforto e compressão regional, com manifestação de1,3,9-11,15
- disquesia;
- tenesmo;
- constipação;
- fezes em formato anormal;
- desconforto abdominal;
- sangramento;
- estranguria;
- paresia ou paralisia de membros;
- corrimento;
- lambedura;
- dor local.
Também podem ser observados no Agasaca sinais relacionados à hipercalcemia, como poliúria, polidipsia, hiporexia, letargia e êmese.1,3,9-11,15 Outros sinais menos frequentes, como mostrado no Quadro 1, incluem emagrecimento progressivo, inapetência, tosse, dispneia e febre.3
QUADRO 1
PRINCIPAIS SINAIS CLÍNICOS ASSOCIADOS AO ADENOCARCINOMA DA GLÂNDULA APÓCRINA DO SACO ANAL |
|
Presença da massa primária |
|
Linfonodos regionais aumentados |
|
Hipercalcemia paraneoplásica |
|
Outros sinais |
|
// Fonte: Elaborado pelos autores.
Animais assintomáticos com Agasaca foram relatadas em até 50% dos casos,1,16 apesar de existirem resultados discordantes, que demonstram menores proporções.9,10
ATIVIDADES
1. Sobre a anatomia e a fisiologia dos sacos anais, considere as afirmativas a seguir.
I. O suporte sanguíneo dos sacos anais é realizado pelas artérias retais caudais e artérias perineais caudais.
II. Sacos anais e ductos excretores são revestidos por epitélio cúbico simples ciliado.
III. Os sacos anais têm sua função associada a comportamentos sociais, sexuais e territoriais.
Qual(is) está(ão) correta(s)?
A) Apenas a I.
B) Apenas a I e a III.
C) Apenas a II.
D) Apenas a II e a III.
Confira aqui a resposta
Resposta incorreta. A alternativa correta é a "B".
O suporte sanguíneo dos sacos anais é feito por artérias retais caudais e artérias perineais caudais. A afirmativa II está incorreta porque sacos anais e ductos excretores são revestidos por epitélio escamoso estratificado. Os sacos anais têm sua função relacionada a comportamentos sociais, sexuais e territoriais.
Resposta correta.
O suporte sanguíneo dos sacos anais é feito por artérias retais caudais e artérias perineais caudais. A afirmativa II está incorreta porque sacos anais e ductos excretores são revestidos por epitélio escamoso estratificado. Os sacos anais têm sua função relacionada a comportamentos sociais, sexuais e territoriais.
A alternativa correta é a "B".
O suporte sanguíneo dos sacos anais é feito por artérias retais caudais e artérias perineais caudais. A afirmativa II está incorreta porque sacos anais e ductos excretores são revestidos por epitélio escamoso estratificado. Os sacos anais têm sua função relacionada a comportamentos sociais, sexuais e territoriais.
2. A etiologia do Agasaca não está completamente elucidada, entretanto, alguns fatores estão relacionados como predisponentes. Sobre qual seria um deles, assinale a alternativa correta.
A) Ação hormonal.
B) Inflamação crônica.
C) Retrovirose.
D) Exposição à luz ultravioleta (UV).
Confira aqui a resposta
Resposta incorreta. A alternativa correta é a "B".
Inflamação crônica está descrita como fator predisponente ao desenvolvimento de Agasaca, apesar da etiologia ainda não elucidada.
Resposta correta.
Inflamação crônica está descrita como fator predisponente ao desenvolvimento de Agasaca, apesar da etiologia ainda não elucidada.
A alternativa correta é a "B".
Inflamação crônica está descrita como fator predisponente ao desenvolvimento de Agasaca, apesar da etiologia ainda não elucidada.
3. De acordo com a literatura brasileira, a maior incidência de Agasaca ocorre em animais SRD. Sobre quais raças aparecem na sequência, assinale a alternativa correta.
A) Pug, Shih-Tzu e Buldogue.
B) Pinscher, Cocker Spaniel e Pug.
C) Dachshund, Shih-Tzu e Poodle.
D) Poodle, Cocker Spaniel e Dachshund.
Confira aqui a resposta
Resposta incorreta. A alternativa correta é a "D".
Conforme a literatura brasileira, a maior incidência de Agasaca se dá em animais SRD, seguidos por Poodle, Cocker Spaniel e Dachshund.
Resposta correta.
Conforme a literatura brasileira, a maior incidência de Agasaca se dá em animais SRD, seguidos por Poodle, Cocker Spaniel e Dachshund.
A alternativa correta é a "D".
Conforme a literatura brasileira, a maior incidência de Agasaca se dá em animais SRD, seguidos por Poodle, Cocker Spaniel e Dachshund.
4. Sobre a principal via de disseminação das neoplasias de saco anal, assinale a alternativa correta.
A) Via sanguínea.
B) Via linfática.
C) Via neural.
D) Via transcelômica.
Confira aqui a resposta
Resposta incorreta. A alternativa correta é a "B".
A principal via de disseminação das neoplasias de saco anal é a linfática, com acometimento dos linfonodos do linfocentro ileossacral principalmente.
Resposta correta.
A principal via de disseminação das neoplasias de saco anal é a linfática, com acometimento dos linfonodos do linfocentro ileossacral principalmente.
A alternativa correta é a "B".
A principal via de disseminação das neoplasias de saco anal é a linfática, com acometimento dos linfonodos do linfocentro ileossacral principalmente.
5. Considerando a apresentação clínica e o comportamento biológico relacionado aos casos de Agasaca canino, assinale a alternativa correta.
A) O tumor tem início agressivo e requer intervenção imediata.
B) A manifestação bilateral é mais frequente em relação à unilateral.
C) O tumor apresenta elevado potencial metastático.
D) As metástases ocorrem, principalmente, para a pele adjacente à região anal.
Confira aqui a resposta
Resposta incorreta. A alternativa correta é a "C".
Nos casos de Agasaca canino, as metástases ocorrem, em especial, para linfonodos, pulmões, fígado, baço e ossos. O tumor, geralmente, tem início discreto, com massas intradérmicas perceptíveis somente à palpação retal. A manifestação unilateral é mais frequente em relação à bilateral.
Resposta correta.
Nos casos de Agasaca canino, as metástases ocorrem, em especial, para linfonodos, pulmões, fígado, baço e ossos. O tumor, geralmente, tem início discreto, com massas intradérmicas perceptíveis somente à palpação retal. A manifestação unilateral é mais frequente em relação à bilateral.
A alternativa correta é a "C".
Nos casos de Agasaca canino, as metástases ocorrem, em especial, para linfonodos, pulmões, fígado, baço e ossos. O tumor, geralmente, tem início discreto, com massas intradérmicas perceptíveis somente à palpação retal. A manifestação unilateral é mais frequente em relação à bilateral.
Diagnóstico e estadiamento
O diagnóstico inicial de neoplasias de saco anal é desafiador, principalmente em razão do início silencioso da doença, com os animais assintomáticos. Nessa etapa, as principais formas de detecção são palpação retal em exames de rotina e realização de ultrassonografia (USG) de rotina, podendo ser um achado acidental.1,3,14 O exame de citopatologia pode ser utilizado com o objetivo de triagem de Agasaca, auxiliando na suspeita diagnóstica e na exclusão de diagnósticos diferenciais neoplásicos e não neoplásicos.3
A identificação da origem tumoral de Agasaca e a diferenciação entre neoplasias malignas ou benignas pode ser sutil, uma vez que os critérios de malignidade podem ser sutis ou ausentes.1 Quando presentes, pode-se observar critérios de pleomorfismo celular e nuclear, elevada relação núcleo–citoplasma e presença de pequenos e múltiplos vacúolos citoplasmáticos.3
O exame de escolha para a confirmação diagnóstica de Agasaca é o de histopatologia, mediante coleta de material por biópsia excisional ou incisional.3,14 Histologicamente, são descritos três padrões neoplásicos possíveis, classificados em1,4
- sólido;
- tubular ou em roseta;
- papilar.
Apesar de distintos, mais de um padrão neoplásico pode estar presente em uma mesma neoplasia.4 O padrão sólido tende a ser predominante, seguido pelo padrão em roseta e pelo papilar.10
O exame de imunoistoquímica é pouco empregado, considerando que, na maioria dos casos de Agasaca, o diagnóstico definitivo é obtido mediante exame histopatológico.1,3 Entretanto, nos casos de diagnóstico histopatológico inconclusivo, os marcadores de origem epitelial podem ser associados, para identificar carcinomas, somados aos marcadores neuroendócrinos de cromogranina A, sinaptofisina e enolase neuroespecífica, comprovadamente expressos nesse tipo tumoral, com taxas de demonstração variadas.17
No paciente com Agasaca, exames laboratoriais de hemograma, de perfil bioquímico sérico e de urinálise são indicados na investigação do estado clínico geral e de comorbidades que podem estar associadas.3
A avaliação do cálcio iônico na análise bioquímica sérica é de extrema importância na identificação da síndrome de hipercalcemia paraneoplásica.9,12,15
Radiografia torácica e USG abdominal auxiliam na pesquisa de metástases e na avaliação geral do paciente, porém têm precisão limitada para a investigação dos linfonodos do linfocentro ileossacral.18 Tomografia computadorizada (TC) e ressonância magnética (RM) são as ferramentas mais indicadas para essa finalidade.18,19
Para o estadiamento clínico do Agasaca, o modelo de classificação padrão de neoplasias cutâneas ou perianais é contraindicado, sendo utilizado um modelo próprio para esse tipo tumoral.3,8
O modelo de estadiamento do Agasaca, mostrado no Quadro 2, avalia não somente as dimensões do tumor primário, mas também as dimensões dos linfonodos e a presença de metástases a distância, sendo o mais utilizado e aceito na atualidade.8
QUADRO 2
ESTADIAMENTO DO ADENOCARCINOMA DA GLÂNDULA APÓCRINA DO SACO ANAL CANINO |
|||
ESTÁDIO CLÍNICO |
TUMOR PRIMÁRIO |
LINFONODOS |
METÁSTASE A DISTÂNCIA |
I |
Maior diâmetro < 2,5cm |
Linfonodo regional sem alteração |
Ausente |
II |
Maior diâmetro > 2,5cm |
Linfonodo regional sem alteração |
Ausente |
IIIa |
Qualquer T |
Linfonodo metastático com maior diâmetro < 4,5cm |
Ausente |
IIIb |
Qualquer T |
Linfonodo metastático com maior diâmetro > 4,5cm |
Ausente |
IV |
Qualquer T |
Qualquer N |
Presente |
T: tumor primário; N: linfonodo. // Fonte: Polton e Brearley.8
A lista de possíveis diagnósticos diferenciais para Agasaca inclui afecções não neoplásicas e neoplásicas, conforme ilustra o esquema a seguir, na Figura 2.2
CCE: carcinoma de células escamosas.
FIGURA 2: Representação esquemática dos principais diagnósticos diferenciais a serem considerados nos casos de Agasaca. // Fonte: Elaborada pelos autores.
O principal diagnóstico diferencial não neoplásico são as saculites, caracterizadas por inflamação dos sacos anais, mas também são descritos traumas, abcessos e dermatites locais.2
As condições neoplásicas da região perianal são diversas e incluem, principalmente, as neoplasias de glândula hepatoide, além de outras neoplasias cutâneas em acometimento perianal, como mastocitomas, sarcomas e linfomas.1,3
Outros tipos neoplásicos também podem ocorrer nos sacos anais, com origem nos melanócitos presentes na região e no epitélio escamoso que reveste os ductos excretores, com casos descritos de melanomas e carcinoma de células escamosas (CCE) de sacos anais.1,3,4
Tratamento
O tratamento dos carcinomas de saco anal, comumente, inicia-se com excisão cirúrgica, que permanece como técnica de eleição, podendo ser associada a modalidades terapêuticas sistêmicas adjuvantes.1,3,8,12,14,20-23
O uso de terapias sistêmicas no tratamento de carcinomas de saco anal deve ser considerado com o objetivo de prevenção de doença metastática ou recidivas, observando o comportamento agressivo da doença ou buscando o controle de doença macroscópica em casos inoperáveis.3
Cirurgia
A excisão do tumor primário de Agasaca tem como principal desafio a região anatômica acometida, em razão da íntima relação dos sacos anais com o esfíncter anal externo, reto e estruturas neurovasculares regionais. A técnica cirúrgica de eleição é a saculectomia anal fechada, sendo considerada eficaz em casos de tumores de dimensões pequenas, quando é possível realizar a ressecção completa.1,3,21
No Agasaca, em casos de tumores de dimensões elevadas, é altamente recomendado o planejamento cirúrgico, de preferência, com auxílio de exame de TC.1,3,21
Quando corretamente executada e na ausência de complicações transcirúrgicas, a saculectomia anal fechada é bem tolerada e está associada a baixas taxas de complicações pós-cirúrgicas.24,25 As principais complicações da saculectomia anal fechada descritas são1
- deiscência de ferida;
- perfuração retal;
- fistulação retocutânea;
- infecção;
- incontinência fecal transitória ou permanente.
Apesar dos desafios relacionados à localização anatômica, as taxas de recorrência de Agasaca após a remoção cirúrgica tendem a ser baixas, aproximadamente, de 8% quando se obtêm margens cirúrgicas livres e de 25% quando as margens cirúrgicas estão comprometidas. Casos associados à invasão vascular ou linfática apresentam taxas mais elevadas.21,24
A linfadenectomia é indicada para Agasaca quando há suspeita do envolvimento linfático regional, avaliado por meio de exames de imagem. A técnica se torna mais difícil quando não há aumento linfonodal.1,3,26
Radioterapia
Apesar de ainda se tratar de uma modalidade pouco acessível no Brasil, cabe ressaltar que a radioterapia (RT) para Agasaca tem seu emprego com função paliativa, como parte de protocolos multimodais e com finalidade curativa como terapia única.1,3,8,10
O uso de RT também é descrito no tratamento de metástases em linfonodos.9 A técnica é considerada segura e apresenta boas taxas de respostas.9,16
Quimioterapia
Considerando as modalidades sistêmicas de tratamento de Agasaca, a quimioterapia (QT) permanece como técnica mais empregada, embora sua real eficácia ainda seja controversa na literatura.1,23,26 São relatados diversos protocolos utilizando1,3,8,10,15,20,22
- carboplatina;
- cisplatina;
- actinomicina D;
- 5-fluoracila;
- vincristina;
- ciclofosfamida;
- mitoxantrona;
- melfalano;
- doxorrubicina;
- epirrubicina;
- gencitabina;
- clorambucila.
Casos de Agasaca em que haja comprovação da disseminação a distância têm indicação de QT, com relatos de seu uso como terapia única.1,15,20
Terapia-alvo molecular
Em relação à terapia-alvo molecular para Agasaca, inibidores de tirosina quinase têm seu uso recomendado, considerando a expressão comprovada do receptor A do fator de crescimento derivado de plaquetas (PDGFr, em inglês, platelet-derived growth factor receptor) e dos receptores para o fator de crescimento endotelial vascular (VEGFr, em inglês, vascular endothelial growth factor) nesse tipo tumoral. A eficácia e a segurança de uso já foram amplamente comprovadas, com taxas de resposta satisfatórias.1,11,27
O uso da terapia-alvo molecular com foco nos receptores tipo 2 do fator de crescimento epidérmico humano (HER2, em inglês, human epidermal growth factor receptor-type 2) representa uma possibilidade adicional no manejo terapêutico de casos de Agasaca. Entre os medicamentos inibidores do HER2, pode-se citar lapatinibe, trastuzumabe e pertuzumabe. No entanto, essa modalidade ainda é pouco utilizada, sobretudo em razão de seu elevado custo.28
Eletroquimioterapia
A eletroquimioterapia (EQT) tem sido descrita como uma opção viável para casos de Agasaca, como ferramenta de controle local da doença. A técnica pode ser empregada de forma associada à cirurgia, mas também foi utilizada como tratamento único, com finalidade paliativa.29
Prognóstico
O prognóstico para Agasaca, em geral, varia de reservado a desfavorável, pelo comportamento agressivo geralmente associado à neoplasia.3 O tempo de sobrevida é descrito entre 1 e 1.873 dias, relacionado aos diversos protocolos terapêuticos e fatores prognósticos.1,3,4
Os seguintes fatores são ligados a piores prognósticos de Agasaca:1,3,4,10
- diâmetro tumoral;
- presença de metástases regionais e metástase a distância;
- presença de hipercalcemia paraneoplásica.
O estadiamento do Agasaca é descrito com importante valor prognóstico,1,3,4,10 e o índice mitótico não demonstrou importância prognóstica.10,30
As características histológicas do tumor relacionado a Agasaca são descritas com importante valor prognóstico associadas10,30
- ao padrão histológico (sólido ou não sólido);
- à presença ou à ausência de necrose;
- à presença ou à ausência de invasão vascular.
Os principais fatores prognósticos de Agasaca estão listados no Quadro 3.
QUADRO 3
PRINCIPAIS FATORES PROGNÓSTICOS ESTABELECIDOS PARA O ADENOCARCINOMA DA GLÂNDULA APÓCRINA DO SACO ANAL CANINO |
||
FATOR PROGNÓSTICO |
POSITIVO |
NEGATIVO |
Diâmetro tumoral (maior) |
Menor que 2,5cm |
Maior que 2,5cm |
Metástase regional |
Ausente |
Presente |
Metástase a distância |
Ausente |
Presente |
Hipercalcemia |
Ausente |
Presente |
Estadiamento clínico |
I ou II |
III ou IV |
Padrão histológico |
Tubular ou papilar |
Sólido |
Necrose |
Ausente |
Presente |
Invasão vascular |
Ausente |
Presente |
// Fonte: Elaborado pelos autores.
Outros marcadores prognósticos do Agasaca, como o Kiel 67 (Ki-67) e a ciclo-oxigenase 2 (COX-2), têm sua expressão comprovada, porém seu valor prognóstico não é conhecido.1,8,10
Prevenção
A prevenção propriamente dita ainda não é possível nos casos de Agasaca, entretanto, estudo recente evidenciou as diferenças marcantes na abordagem aos pacientes com Agasaca em nível nacional em comparação com a literatura internacional no que diz respeito ao tamanho tumoral no momento do diagnóstico.13
Os achados sobre Agasaca na literatura reforçam a necessidade de maior atenção ao exame de palpação retal nos pacientes caninos, devendo ser incluindo nos exames de rotina, principalmente em animais geriátricos.13 A prática pode permitir alcançar o diagnóstico da neoplasia de forma precoce, levando a melhores chances de cura e melhor prognóstico.
ATIVIDADES
6. Sobre a importância do exame de USG no diagnóstico de Agasaca em cães, assinale a alternativa correta.
A) Identificar alterações compatíveis com Agasaca.
B) Caracterizar o padrão histológico do tumor.
C) Avaliar a presença de metástase pulmonar.
D) Identificar alterações nos linfonodos regionais.
Confira aqui a resposta
Resposta incorreta. A alternativa correta é a "D".
A principal indicação da USG para diagnóstico consiste na identificação de alterações nos linfonodos regionais, extremamente importantes para a correta conduta dos casos de Agasaca.
Resposta correta.
A principal indicação da USG para diagnóstico consiste na identificação de alterações nos linfonodos regionais, extremamente importantes para a correta conduta dos casos de Agasaca.
A alternativa correta é a "D".
A principal indicação da USG para diagnóstico consiste na identificação de alterações nos linfonodos regionais, extremamente importantes para a correta conduta dos casos de Agasaca.
7. Sobre a imunoistoquímica no diagnóstico do Agasaca em cães, assinale a alternativa correta.
A) É a principal ferramenta diagnóstica.
B) É pouco empregada, em razão da alta taxa de falsos positivos.
C) É utilizada para determinar o estadiamento da doença.
D) É fundamental para diferenciar o Agasaca de outras neoplasias em casos de exame histopatológico inconclusivo.
Confira aqui a resposta
Resposta incorreta. A alternativa correta é a "D".
A imunoistoquímica é uma ferramenta importante para diferenciar Agasaca em cães de outras neoplasias, auxiliando no diagnóstico preciso da doença nos casos em que o exame de histopatologia é inconclusivo.
Resposta correta.
A imunoistoquímica é uma ferramenta importante para diferenciar Agasaca em cães de outras neoplasias, auxiliando no diagnóstico preciso da doença nos casos em que o exame de histopatologia é inconclusivo.
A alternativa correta é a "D".
A imunoistoquímica é uma ferramenta importante para diferenciar Agasaca em cães de outras neoplasias, auxiliando no diagnóstico preciso da doença nos casos em que o exame de histopatologia é inconclusivo.
8. Sobre a avaliação que o modelo de estadiamento do Agasaca traz como característica diferencial, assinale a alternativa correta.
A) Comorbidades gastrintestinais.
B) Dimensões dos linfonodos regionais metastáticos.
C) Hipercalcemia paraneoplásica.
D) Anemia secundária à doença.
Confira aqui a resposta
Resposta incorreta. A alternativa correta é a "B".
O modelo de estadiamento do Agasaca difere dos modelos de estadiamento para tumores cutâneos ou tumores perianais porque inclui, em sua avaliação, a mensuração das dimensões dos linfonodos sentinela.
Resposta correta.
O modelo de estadiamento do Agasaca difere dos modelos de estadiamento para tumores cutâneos ou tumores perianais porque inclui, em sua avaliação, a mensuração das dimensões dos linfonodos sentinela.
A alternativa correta é a "B".
O modelo de estadiamento do Agasaca difere dos modelos de estadiamento para tumores cutâneos ou tumores perianais porque inclui, em sua avaliação, a mensuração das dimensões dos linfonodos sentinela.
9. Considerando o estadiamento do Agasaca, sobre a que se refere o estádio IIIa, assinale a alternativa correta.
A) Tumor primário menor que 2,5 cm.
B) Metástase a distância.
C) Linfonodo regional de diâmetro maior que 2,5cm.
D) Linfonodo metastático com maior diâmetro menor que 4,5cm.
Confira aqui a resposta
Resposta incorreta. A alternativa correta é a "D".
No estadiamento do Agasaca, o estádio IIIa refere-se a linfonodo metastático com maior diâmetro menor que 4,5cm.
Resposta correta.
No estadiamento do Agasaca, o estádio IIIa refere-se a linfonodo metastático com maior diâmetro menor que 4,5cm.
A alternativa correta é a "D".
No estadiamento do Agasaca, o estádio IIIa refere-se a linfonodo metastático com maior diâmetro menor que 4,5cm.
10. No tratamento cirúrgico do Agasaca quando não há indícios de envolvimento linfático regional, sobre qual é a técnica cirúrgica de escolha, assinale a alternativa correta.
A) Saculectomia anal fechada.
B) Saculectomia anal aberta.
C) Linfadenectomia regional.
D) Ressecção ampla dos tecidos circundantes.
Confira aqui a resposta
Resposta incorreta. A alternativa correta é a "A".
A saculectomia anal fechada é a técnica cirúrgica de eleição recomendada quando não há indícios de envolvimento linfático regional no tratamento do Agasaca em cães.
Resposta correta.
A saculectomia anal fechada é a técnica cirúrgica de eleição recomendada quando não há indícios de envolvimento linfático regional no tratamento do Agasaca em cães.
A alternativa correta é a "A".
A saculectomia anal fechada é a técnica cirúrgica de eleição recomendada quando não há indícios de envolvimento linfático regional no tratamento do Agasaca em cães.
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Paciente canino, de 13 anos de idade, macho, da raça Cocker Spaniel, foi levado para atendimento veterinário manifestando alterações comportamentais, pois, segundo os tutores, o animal se manifestava mais apático, com apetite reduzido, há cerca de uma semana.
Diante do quadro inespecífico, o médico veterinário realizou amplo e completo exame físico, sendo observado um leve desconforto abdominal como única alteração. Entretanto, considerando a idade avançada do paciente, o clínico optou por realizar também a palpação retal, sendo percebido, então, aumento de volume na porção lateral do ânus, com suspeita inicial de inflamação no saco anal.
Buscando a elucidação do caso, o clínico optou por realizar, já no momento do atendimento, a coleta de material para exame de citopatologia, além de exames laboratoriais de hemograma e bioquímica sérica com avaliação das enzimas renais e hepáticas. O paciente também foi encaminhado para exame de USG.
Os exames de hemograma e bioquímica sérica não evidenciaram alterações dignas de nota. O exame de citologia evidenciou uma população celular, de provável origem epitelial, e presença de critérios de malignidade, com diagnóstico sugestivo de neoplasia epitelial maligna. No exame de USG, não foram observadas alterações dignas de nota.
Diante dos exames realizados e na suspeita de se tratar de neoplasia maligna, foram solicitados exames de radiografia torácica, dosagem de cálcio sérico e TC da região abdominal/pélvica. Os exames de radiografia e dosagem de cálcio não evidenciaram alterações dignas de nota. Na TC, foi possível caracterizar o nódulo, que media 2,5 x 3 x 1,8cm e se projetava a partir do saco anal direito. Não foi constatada infiltração de tecidos adjacentes nem aumento de linfonodos regionais.
Após as informações levantadas e com o devido planejamento cirúrgico, optou-se pela saculectomia anal fechada, não sendo associada à linfadenectomia, uma vez que não havia indícios de envolvimento linfático regional. O material removido cirurgicamente foi envido para análise histopatológica, com diagnóstico confirmatório de Agasaca em padrão histológico papilar. Ademais, não foram observadas necrose ou invasão vascular na avaliação histológica.
Como tratamento adjuvante, foi realizado protocolo com carboplatina, em dose padrão, com intervalos de 21 dias, totalizando seis sessões. Ao final do protocolo, o paciente recebeu alta, porém seguiu em acompanhamento, inicialmente trimestral e, posteriormente, semestral.
ATIVIDADES
11. Considerando o caso clínico, no qual se obteve o diagnóstico de Agasaca ainda em fase inicial, quais outras modalidades de tratamento poderiam ter sido indicadas a fim de ampliar as chances de cura e minimizar a possibilidade de recidiva local?
Confira aqui a resposta
Poderiam ter sido empregados RT, EQT e inibidores de HER2 de forma adjuvante no paciente do caso clínico, somado à realização da excisão cirúrgica.
Resposta correta.
Poderiam ter sido empregados RT, EQT e inibidores de HER2 de forma adjuvante no paciente do caso clínico, somado à realização da excisão cirúrgica.
Poderiam ter sido empregados RT, EQT e inibidores de HER2 de forma adjuvante no paciente do caso clínico, somado à realização da excisão cirúrgica.
Conclusão
Os tumores de saco anal, representados, principalmente, pela variante maligna, o Agasaca, são comuns na rotina oncológica. A neoplasia é relacionada a um potencial agressivo, com importantes taxas de infiltração local e metástase a distância.
Ferramentas terapêuticas de eficácia limitada, somadas ao diagnóstico frequentemente tardio, atribuem à doença um prognóstico reservado a desfavorável. A prevenção ainda não é uma realidade, entretanto, maiores esforços voltados ao diagnóstico precoce podem aumentar as chances de cura do paciente.
Atividades: Respostas
Comentário: O suporte sanguíneo dos sacos anais é feito por artérias retais caudais e artérias perineais caudais. A afirmativa II está incorreta porque sacos anais e ductos excretores são revestidos por epitélio escamoso estratificado. Os sacos anais têm sua função relacionada a comportamentos sociais, sexuais e territoriais.
Comentário: Inflamação crônica está descrita como fator predisponente ao desenvolvimento de Agasaca, apesar da etiologia ainda não elucidada.
Comentário: Conforme a literatura brasileira, a maior incidência de Agasaca se dá em animais SRD, seguidos por Poodle, Cocker Spaniel e Dachshund.
Comentário: A principal via de disseminação das neoplasias de saco anal é a linfática, com acometimento dos linfonodos do linfocentro ileossacral principalmente.
Comentário: Nos casos de Agasaca canino, as metástases ocorrem, em especial, para linfonodos, pulmões, fígado, baço e ossos. O tumor, geralmente, tem início discreto, com massas intradérmicas perceptíveis somente à palpação retal. A manifestação unilateral é mais frequente em relação à bilateral.
Comentário: A principal indicação da USG para diagnóstico consiste na identificação de alterações nos linfonodos regionais, extremamente importantes para a correta conduta dos casos de Agasaca.
Comentário: A imunoistoquímica é uma ferramenta importante para diferenciar Agasaca em cães de outras neoplasias, auxiliando no diagnóstico preciso da doença nos casos em que o exame de histopatologia é inconclusivo.
Comentário: O modelo de estadiamento do Agasaca difere dos modelos de estadiamento para tumores cutâneos ou tumores perianais porque inclui, em sua avaliação, a mensuração das dimensões dos linfonodos sentinela.
Comentário: No estadiamento do Agasaca, o estádio IIIa refere-se a linfonodo metastático com maior diâmetro menor que 4,5cm.
Comentário: A saculectomia anal fechada é a técnica cirúrgica de eleição recomendada quando não há indícios de envolvimento linfático regional no tratamento do Agasaca em cães.
RESPOSTA: Poderiam ter sido empregados RT, EQT e inibidores de HER2 de forma adjuvante no paciente do caso clínico, somado à realização da excisão cirúrgica.
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Titulações dos autores
FELIPE NOLETO DE PAIVA // Graduado em Medicina Veterinária pela Escola de Veterinária e Zootecnia da Universidade Federal de Goiás (EVZ/UFG). Residência em Oncologia de Animais de Companhia pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ). Mestre em Medicina Veterinária com Ênfase em Oncologia Veterinária pela Universidade Estadual Paulista (UNESP), Campus de Jaboticabal. Doutorando em Ciências Veterinárias com Ênfase em Oncologia Veterinária pela UNESP, Campus de Jaboticabal. Professor nas Disciplinas de Clínica Médica de Pequenos Animais, Toxicologia Veterinária e Medicina de Animais Silvestres no Centro Universitário Goyazes (UniGOYAZES). Atua Principalmente nas Áreas de Oncologia Clínica e Clínica Médica de Pequenos Animais.
LAIS CALAZANS MENESCAL LINHARES // Graduada em Medicina Veterinária pela Universidade Estadual do Ceará (UECE), com Período Sanduíche na University of Guelph. Mestra em Medicina Veterinária com Ênfase em Oncologia Veterinária e Eletroquimioterapia pela Universidade Estadual Paulista (UNESP), Campus de Jaboticabal. Doutoranda em Ciências Veterinárias com Ênfase em Oncologia Veterinária pela UNESP, Campus de Jaboticabal. Docente e Vice-Coordenadora do Curso de Eletroquimioterapia da Vet Câncer, São Paulo/SP. Atua Principalmente nas Áreas de Oncologia Clínica, Eletroquimioterapia e Terapias-Alvo.
ANDRIGO BARBOZA DE NARDI // Graduado em Medicina Veterinária pela Universidade Federal do Paraná (UFPR). Mestre em Cirurgia Veterinária com Ênfase em Oncologia Veterinária pela Universidade Estadual Paulista (UNESP), Campus de Jaboticabal. Doutor em Cirurgia Veterinária com Ênfase em Oncologia Veterinária pela UNESP, Campus de Jaboticabal. Pós-doutor em Cirurgia Veterinária com Ênfase em Oncologia pela UNESP. Professor de Cirurgia no Departamento de Clínica e Cirurgia Veterinária da UNESP, Campus de Jaboticabal. Atua Principalmente nas Áreas de Oncologia e Cirurgia Veterinária.
Como citar a versão impressa deste documento
Paiva FN, Linhares LCM, Nardi AB. Adenocarcinoma da glândula apócrina dos sacos anais em cães. In: Associação Nacional de Clínicos Veterinários de Pequenos Animais; Roza MR, Oliveira ALA, organizadores. PROMEVET Pequenos Animais: Programa de Atualização em Medicina Veterinária: Ciclo 10. Porto Alegre: Artmed Panamericana; 2024. p. 47–66. (Sistema de Educação Continuada a Distância; v. 1).