Objetivos
Ao final da leitura deste capítulo, o leitor será capaz de
- identificar o que as recentes evidências sugerem sobre o uso de adrenalina com a morbidade e a mortalidade neurológica no contexto de parada cardíaca (PC);
- reconhecer a necessidade de pesquisa por novas intervenções que protejam o cérebro ou mitiguem quaisquer efeitos nocivos da adrenalina e possam melhorar o prognóstico após retorno da circulação espontânea (RCE).
Esquema conceitual
Introdução
A adrenalina (epinefrina) foi descoberta em 18941 e utilizada como arsenal terapêutico na PC em humanos desde 1922.2
A PC continua sendo uma das principais causas de morte em todo o mundo, e a taxa mediana de sucesso da ressuscitação e da alta hospitalar é de 6,4%.3
A despeito do sucesso da ressuscitação inicial, muitas vítimas ainda vêm a falecer da síndrome pós-parada cardíaca (SPPC) que decorre da gravidade da lesão de isquemia e da reperfusão global secundária à PC.4,5
A SPPC é caracterizada por inflamação sistêmica, instabilidade hemodinâmica e lesão neurológica.6