Objetivos
Ao final da leitura deste capítulo, o leitor será capaz de
- compreender os procedimentos de neurorradiologia intervencionista mais frequentes;
- manejar anestesia para aneurisma, malformação arteriovenosa (MAV) e acidente vascular cerebral (AVC);
- descrever as diferenças das condutas anestésicas em aneurisma, MAV e AVC;
- identificar emergências neurológicas em sala de hemodinâmica;
- atuar em emergências neurológicas em sala de hemodinâmica.
Esquema conceitual
Introdução
A anestesia para procedimentos de neurorradiologia apresenta desafios que necessitam de um melhor entendimento do procedimento e das especificidades de cada patologia para se ter a melhor conduta, de forma a evitar complicações extremamente danosas aos pacientes.
Qualquer sangramento ou diminuição da perfusão em território encefálico tem consequências potencialmente graves. A neurointervenção tornou possível tratar aneurismas, MAVs e outras patologias neurovasculares com um procedimento menos invasivo.1
O estudo The international subarachnoid aneurysm trial mostrou que pacientes com hemorragia subaracnóidea (HSA) da classificação da World Federation of Neurosurgical Societies (WFNS) tipos 1 e 2, com aneurismas pequenos na circulação anterior, tiveram melhores resultados clínicos após o procedimento endovascular que o cirúrgico.1
Na circulação posterior, o tratamento endovascular é a modalidade preferencial de tratamento. A cirurgia pode ser necessária quando o colo do aneurisma é largo, com vasos com uma relação muito próxima do colo do aneurisma, acesso vascular difícil ou com grande hematoma associado.1
Os procedimentos endovasculares apresentam desafios e particularidades que devem ser conhecidos pelo anestesiologista. O objetivo deste capítulo é facilitar a compreensão dos cuidados básicos que o anestesiologista deve ter, conforme a literatura atual, dos procedimentos mais comuns da neurointervenção.