Objetivos
Ao final desse capítulo, o leitor será capaz de
- definir o conceito de angina refratária (AR) e explicar seu impacto sobre a qualidade de vida dos pacientes;
- adotar o tratamento médico otimizado para a melhora sintomática dos pacientes com AR;
- identificar as opções de fármacos antianginosos;
- reconhecer as possibilidades terapêuticas alternativas para o tratamento antianginoso.
Esquema conceitual
Introdução
A AR é uma condição cada vez mais frequente na prática cardiológica, em decorrência dos avanços terapêuticos e o consequente aumento da sobrevida dos pacientes com doença arterial coronariana (DAC) crônica.
A abordagem dos pacientes com AR é um desafio, visto que eles compõem um subgrupo extremamente sintomático, com importante prejuízo da qualidade de vida pelo convívio com a dor crônica, agravada pela significativa coexistência de ansiedade e depressão e a incapacidade física que a condição impõe, impossibilitando a execução de atividades rotineiras. Dessa forma, esses pacientes requerem um manejo clínico trabalhoso em frequentes avaliações, que possibilitem um adequado ajuste terapêutico fino.
O objetivo deste capítulo é apresentar ferramentas para que o cardiologista clínico consiga identificar corretamente o paciente com AR e realizar um adequado manejo clínico inicial. Uma vez esgotados os recursos habituais disponíveis para o tratamento antianginoso, terapias alternativas — muitas delas ainda não disponíveis em nosso país — podem ser uma opção para melhorar a qualidade de vida dos pacientes. Essas terapias também serão apresentadas neste capítulo.