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HIPERTENSÃO ARTERIAL RESISTENTE E REFRATÁRIA: CONCEITO, DIAGNÓSTICO E ORIENTAÇÃO TERAPÊUTICA

Autor: Erika Maria Gonçalves Campana
epub-BR-PROCARDIOL-C16V4_Artigo

Objetivos

Ao final da leitura deste capítulo, o leitor será capaz de

 

  • apresentar os conceitos, os aspectos diagnósticos e a forma de investigação da hipertensão resistente e refratária;
  • desenvolver estratégias de tratamento para hipertensos resistentes e refratários.

Esquema conceitual

Introdução

A hipertensão arterial sistêmica (HAS) é uma doença crônica prevalente em 32,3% da população adulta brasileira, sendo considerada o principal fator de risco atribuível para a morte cardiovascular.1

O conjunto de indivíduos que se encontram nas metas de pressão arterial (PA) definidas pelas principais diretrizes é altamente variável, podendo chegar a 28,4% nos países mais desenvolvidos e a apenas 7,7% naqueles com menor grau de desenvolvimento.1–4 No Brasil, a taxa de controle varia de 10,4 a 35,2% entre as diferentes regiões do país.4

O grupo dos hipertensos de difícil controle envolve uma parcela de indivíduos com falha de aderência ao tratamento medicamentoso e não medicamentoso, portadores de efeito do avental branco (EAB), aqueles com estratégias terapêuticas inadequadas ou insatisfatórias e um grupo de portadores de hipertensão secundária. Este contingente representa os chamados “pseudorresistentes”.1–4

Quando esses cenários são excluídos, permanece um subgrupo de indivíduos que não alcançou as metas de PA e que são denominados “hipertensos resistentes”, e, no seu substrato mais grave, “hipertensos refratários”. Reconhecer esses dois fenótipos de hipertensos é fundamental, pois eles representam um universo de pacientes de mais alto risco que demanda uma abordagem especializada para o alcance do controle pressórico e da proteção cardiovascular.1–4

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