- Introdução
Embora a rinossinusite aguda (RSArinossinusite aguda) seja bastante comum — afetando quase 1 em cada 7 adultos por ano — a prevalência de infecção bacteriana é estimada em apenas 2 a 10% de todos os pacientes com sintomas sinusais agudos. Entretanto, a rinossinusite figura como a quinta indicação de prescrições de antimicrobianos nos consultórios médicos, mostrando haver um grande exagero nessas indicações.1
A falta de critérios clínicos bem definidos para diferenciar com precisão a rinossinusite bacteriana da viral provavelmente seja a principal razão pela ocorrência de terapia antimicrobiana excessiva e inadequada. É necessário admitir que ainda existe carência de conhecimento e de evidências de qualidade sobre a terapia antimicrobiana empírica para a RSArinossinusite aguda, consequente da falta de estudos com critérios precisos de seleção de pacientes.
Deve-se, entretanto, ficar atento para a alteração da prevalência e dos perfis de suscetibilidade antimicrobiana de isolados bacterianos associados à rinossinusite e para o efeito das vacinas conjugadas em relação ao Streptococcus pneumoniae na emergência de sorotipos não vacinais associados à RSArinossinusite aguda.2
- Objetivos
Ao final da leitura deste artigo, o leitor será capaz de:
- reconhecer a importância do diagnóstico adequado das rinossinusites bacterianas, de forma a evitar a prescrição desnecessária e excessiva de antimicrobianos;
- identificar os antibióticos recomendados para o tratamento das RSArinossinusite agudas em crianças e adultos;
- reconhecer a atividade dos antimicrobianos em relação aos patógenos mais frequentes na RSArinossinusite aguda, sua eficácia em relação ao tratamento clínico, à posologia e ao tempo de tratamento e de seus possíveis efeitos adversos.
- Esquema conceitual