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PATOLOGIAS ORAIS

Autores: Carolina da Fonseca Barbosa, Jéssica Maia Couto, Letícia Paiva Franco, Geovane Luiz Alves Santos, Greiciane Parreiras Lage
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  • Introdução

O estudo das patologias orais é dividido por vários especialistas, como odontologistas, clínicos gerais, dermatologistas, gastrenterologistas e, especialmente, otorrinolaringologistas. O exame da cavidade oral é feito de rotina pelos otorrinolaringologistas, os quais, muitas vezes, são os responsáveis por identificar precocemente as lesões orais.

É essencial desenvolver um raciocínio clínico a partir da história clínica do paciente, dos fatores de risco, dos medicamentos em uso, da evolução da lesão e, especialmente, do tipo de lesão, que deve ser caracterizado entre as lesões elementares para facilitar o diagnóstico das patologias orais.

Técnicas semiológicas, como vitropressão, raspagem e palpação, podem ser complementadas com punção, exame citológico, biópsia e exames de imagem, como ultrassom, radiografia simples digital, tomografia computadorizada e ressonância nuclear magnética. Os exames complementares só devem ser solicitados a partir de hipóteses diagnósticas bem fundamentadas; de outra forma, podem ser inconclusivos.

Uma das principais dificuldades em estudar as patologias orais se deve ao fato de que a grande maioria das bibliografias as descrevem a partir da etiologia — por exemplo, doenças virais ou doenças imunomediadas.

Este artigo visa auxiliar o leitor no diagnóstico das lesões orais a partir da determinação das lesões elementares e da sua evolução. Entretanto, para se desenvolver um raciocínio clínico crítico e estabelecer diagnósticos diferenciais é importante conhecer as lesões de boca mais comuns, que serão apresentadas a seguir.

  • Objetivos

Ao final da leitura deste artigo, o leitor será capaz de:

 

  • identificar as lesões orais mais comuns a fim de desenvolver um raciocínio clínico e estabelecer diagnósticos diferenciais;
  • realizar o diagnóstico das lesões orais a partir da determinação das lesões elementares e da sua evolução;
  • determinar o estadiamento das lesões orais;
  • identificar o tratamento das lesões orais, por meio de uma abordagem adequada.
  • Esquema conceitual
  • Lesões ulceradas

As úlceras orais têm alta incidência e diferentes etiologias, que variam desde traumas, infecções virais, manifestações de doenças sistêmicas até neoplasias malignas.1

Entre as lesões ulceradas, destacam-se as úlceras traumáticas, a estomatite aftoide recorrente, a doença de Behçet, o líquen plano, a doença do enxerto versus hospedeiro, a mucosite, a gengivite ulcerativa necrosante aguda (Gunagengivite ulcerativa necrosante aguda), a sífilis e o carcinoma de células escamosas (CCEcarcinoma de células escamosas).

Úlceras traumáticas

As úlceras traumáticas podem ser decorrentes de trauma com alimentos, mordidas acidentais ou durante o sono, queimaduras ou escovação dos dentes. Em geral, regridem em poucos dias e raramente duram por tempo mais prolongado, como é o caso da ulceração eosinofílica (intensa inflamação pseudoinvasiva).

Em lactentes, podem haver traumatismos crônicos em região sublingual, conhecidos como doença de Riga-Fede (Figura 1), geralmente associada a traumatismo dos dentes anteriores durante a amamentação. As principais áreas acometidas são língua, lábios e mucosa jugal e caracterizam-se por áreas eritematosas que envolvem uma membrana fibrinopurulenta removível e que podem evoluir com uma área queratinizada ao redor da lesão.

Figura 1 — Doença de Riga-Fede.

Fonte: Arquivo de imagens dos autores.

A abordagem terapêutica das úlceras traumáticas orais deve incluir a remoção da fonte de trauma e a associação com o uso tópico de cloridrato de diclonina ou películas de hidroxipropilcelulose para alívio da dor. O uso de corticosteroides é controverso.2

Estomatite aftoide recorrente

A estomatite aftoide recorrente (EARestomatite aftoide recorrente) caracteriza-se por lesões orais frequentes na população e por úlceras dolorosas, recorrentes e com halo eritematoso que pode iniciar na infância, sendo mais prevalente em adultos jovens. Podem variar quanto ao número, ao tamanho, à duração e à cicatrização. Sua etiologia é desconhecida e pode ser decorrente de uma associação de vários fatores, que incluem:

 

  • reação imunológica;
  • predisposição genética;
  • influências hormonais;
  • estresse;
  • agentes infecciosos.

Para se estabelecer o diagnóstico da EARestomatite aftoide recorrente, o paciente deve apresentar úlceras orais com período de recorrência entre 15 e 30 dias e não apresentar sinais de doenças sistêmicas associadas. Classificam-se em menores, maiores e herpetiformes.

As úlceras menores são as mais comuns e menos recorrentes, e variam entre uma e cinco lesões com até 10mm de diâmetro. Acometem principalmente a mucosa não queratinizada (jugal, da língua e labial) e apresentam remissão em 10 a 14 dias, sem deixar cicatrizes.

As úlceras maiores são mais extensas (1 a 3cm), acometem a mucosa labial, o palato mole e as fauces tonsilares. Têm duração de semanas a meses e podem deixar cicatrizes.

As úlceras herpetiformes são múltiplas, com 1 a 2mm de diâmetro, podendo coalescer em úlceras maiores, altamente recorrentes, e, muitas vezes, simulam infecção por herpes simples.

Nas Figuras 2 e 3, a seguir, visualizam-se as úlceras menor e maior, respectivamente.

Figura 2 — Úlcera menor.

Fonte: Arquivo de imagens dos autores.

Figura 3 — Úlcera maior.

Fonte: Arquivo de imagens dos autores.

A terapêutica da EARestomatite aftoide recorrente não é específica e podem ser utilizados medicamentos sintomáticos, como corticoide tópico e anestésicos. Em casos graves, podem ser utilizados agentes sistêmicos, como talidomida, dapsona, clofazimina e corticoides.3

Doença de Behçet

A doença de Behçet é uma doença sistêmica que acomete a mucosa oral, genital, ocular, cutânea, vascular, gastrintestinal, articular, pulmonar, renal, cardíaca e neurológica. Sua provável etiologia é uma imunodesregulação, que se apresenta como uma vasculite, e sua prevalência é maior em adultos jovens entre a 3ª e a 4ª décadas de vida, apresentando períodos de remissão e recidiva da doença.

LEMBRAR

Na doença de Behçet, a manifestação oral é precoce e caracteriza-se por úlceras aftosas dolorosas que ocorrem, em geral, no palato mole e na orofaringe. O tabagismo parece ser um fator de proteção, segundo alguns estudos.

O diagnóstico da doença é feito por meio de critérios específicos, criados pelo Grupo de Estudo Internacional para a Doença de Behçet, listados no Quadro 1. O padrão histopatológico observado não é específico da doença; geralmente encontra-se uma vasculite leucocitoclástica. As ulcerações orais respondem bem a corticosteroides tópicos ou intralesionais.4

Quadro 1

CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS DA DOENÇA DE BEHÇET

Ulceração oral recorrente

Úlceras maiores, menores ou herpetiformes, observadas pelo médico ou pelo paciente, com, pelo menos, três episódios em um período de 12 meses

Ulceração genital recorrente

Úlcera aftosa ou cicatriz observada pelo médico ou pelo paciente

Lesões oculares

Uveíte anterior ou posterior, células no vítreo ao exame da lâmpada de fenda, vasculite retiniana observada por oftalmologista

Lesões cutâneas

Eritema nodoso observado pelo médico ou pelo paciente, pseudofoliculite, lesões papulopustulosas ou acneiformes observados pelo médico em pacientes fora do período da adolescência e que não estejam usando corticosteroides

Teste da patergia positivo

Teste considerado positivo pelo médico em 24 a 48 horas de sua realização

Para o diagnóstico da doença de Behçet, o paciente deve apresentar úlceras orais recorrentes associadas a dois outros critérios listados acima

Fonte: Elaborado pelos autores.

Líquen plano

O líquen plano é uma doença mucocutânea crônica, mais comum em mulheres de meia-idade. Existem várias manifestações da doença, sendo a forma erosiva um diagnóstico diferencial das lesões orais ulceradas e persistentes (Figuras 4A e B).

Sua etiologia é desconhecida, mas existem condições relacionadas à exacerbação da doença, como:

 

  • fatores emocionais;
  • tabagismo;
  • doenças sistêmicas;
  • fatores genéticos;
  • alimentos cítricos e condimentados.

O líquen plano erosivo, segunda forma mais comum da doença, é caracterizado por lesões eritematosas e atróficas com área central ulcerada e estrias brancas irradiadas na sua periferia, acometendo, principalmente, a mucosa bucal, a gengiva e a língua, em geral, bilateralmente. Podem ocorrer descamação epitelial e presença de vesículas ou bolhas, gerando gengivite descamativa. Entre os sintomas importantes dessa patologia, estão dor e queimação.

Figura 4 — A e B) Líquen plano erosivo.

Fonte: Arquivo de imagens dos autores.

A história e o achado clínico do líquen plano são muito sugestivos para o diagnóstico, mas não excluem a necessidade de biópsia para o diagnóstico diferencial e descartar atipias celulares. No exame histopatológico, há infiltrado de linfócitos T abaixo do epitélio, destruição da camada basal, inclusões de corpos coloides e alterações das cristas epiteliais.

O tratamento do líquen plano é feito com corticosteroides tópicos para redução da inflamação e, em casos esporádicos, utiliza-se corticoide intralesional.5

Doença do enxerto versus hospedeiro

A doença do enxerto versus hospedeiro é uma reação imunológica do enxerto de células imunocompetentes de um doador para um hospedeiro imunocomprometido. Apresenta incidência de 50 a 80% em pacientes pós-transplante de medula óssea (TMOtransplante de medula óssea).

Entre suas manifestações clínicas, estão acometimento cutâneo, gastrintestinal, do fígado e da mucosa oral, com amplo espectro de lesões.

As lesões ulceradas da mucosa oral assemelham-se ao líquen plano erosivo. Em geral, após duas semanas do TMOtransplante de medula óssea, surgem lesões ulceradas bucais associadas ao uso de quimioterápicos e à neutropenia grave e, quando há persistência das lesões por período maior, deve-se pensar em doença do enxerto versus hospedeiro. O diagnóstico é clínico e histopatológico e revela infiltrado linfocitário e perda de nitidez da camada basal.

O tratamento da doença do enxerto versus hospedeiro inclui a otimização do uso de imunomoduladores, inclusão de corticosteroides tópicos e analgésicos. A talidomida pode ser usada em casos graves.6

Mucosite

A mucosite é uma sequela da radiação ou da quimioterapia, caracterizada por atrofia epitelial, edema, eritema e ulcerações dolorosas recobertas por pseudomembranas. Os sintomas são dor, queimação e desconforto durante a alimentação. Em geral, a remissão da mucosite acontece em 2 a 3 semanas após o término do tratamento.

O tratamento é sintomático. Recentemente, tem-se utilizado o fator de crescimento de queratonócitos (palifermin) para o controle da mucosite oral e o laser de baixa intensidade para prevenção do tratamento das lesões.7

Gengivite ulcerativa necrosante aguda

A Gunagengivite ulcerativa necrosante aguda é uma afecção gengival associada ao estresse psicológico à infecção polimicrobiana. Alguns fatores aumentam sua incidência, como o tabagismo, as deficiências nutricionais, a imunossupressão, o trauma local, a má higiene oral e os distúrbios do sono. Pode ocorrer em qualquer faixa etária, sendo mais comum em adultos jovens.

O que diferencia a Gunagengivite ulcerativa necrosante aguda de uma simples gengivite é o acometimento da papila interdental, que se apresenta altamente inflamada, e pode cursar com necrose e ulceração recoberta por uma pseudomembrana cinza, gerando mobilidade dentária.

Os principais sintomas da Gunagengivite ulcerativa necrosante aguda são odor fétido, dor intensa e hemorragia gengival espontânea, associados ou não a sintomas sistêmicos, como febre e mal-estar.

O exame histopatológico revela material necrótico e extensa colonização bacteriana, com intenso infiltrado inflamatório agudo.

O tratamento da Gunagengivite ulcerativa necrosante aguda inlui:2

 

  • orientações de higiene oral;
  • afastamento de fatores de risco;
  • bochechos com antissépticos bucais;
  • antibióticos, em caso de sintomas sistêmicos;
  • debridamento por meio de raspagem ou curetagem das lesões.

Sífilis

A sífilis é uma doença infectocontagiosa, considerada uma doença sexualmente transmissível, causada pelo vírus Treponema pallidum. Classifica-se como primária, secundária e terciária.

A sífilis primária se apresenta como uma lesão ulcerada única, de bordas elevadas e indolor — o cancro duro, que surge cerca de 21 dias após o contágio e desaparece depois de 10 a 15 dias, porém é altamente contagioso.

A sífilis secundária pode se manifestar na boca com máculas vermelhas ovais ou erupções maculopapulares ou ainda lesões nodulares ou placas mucosas com erosões com pseudomembranas branco-acinzentadas nas margens (apresentação muito variável).

A sífilis terciária tem como manifestação a goma — lesão endurecida nodular ou ulcerada, afetando, geralmente, o palato e a língua.

O diagnóstico é feito de acordo com as características da lesão e a sorologia.

O tratamento de escolha é a penicilina benzatina, variando a dose com o estágio da doença.2

Carcinoma de células escamosas

O CCEcarcinoma de células escamosas ou carcinoma espinocelular (CEC) corresponde a 90–95% dos tumores malignos de cavidade oral. É o quinto câncer mais comum em homens e o sétimo em mulheres.

São fatores de risco para o desenvolvimento dessa neoplasia:

 

  • tabaco;
  • álcool associado ao hábito de fumar;
  • luz solar quando considerado o CCEcarcinoma de células escamosas de lábio.

As lesões da doença podem se apresentar de diversas formas e com crescimento exofítico, ulcerativo ou verrucoso. O local mais acometido é a língua e, quanto mais posterior a localização do tumor na cavidade oral, mais tardio o diagnóstico e mais precoces as metástases.

 

O exame histopatológico mostra ilhas e cordões invasivos de células epiteliais escamosas malignas, com intensa resposta inflamatória e possíveis áreas de necrose, angiogênese e fibrose.

O tratamento do CCEcarcinoma de células escamosas consiste em ampla excisão cirúrgica, incluindo radioterapia, dependendo do estadiamento.2,8,9

 

ATIVIDADES

1. As principais áreas acometidas pelas úlceras traumáticas são

A) língua e região sublingual.

B) língua e mucosa jugal.

C) língua, lábios e mucosa jugal.

D) lábios e língua.

Confira aqui a resposta

Resposta incorreta. A alternativa correta é a "C".


As principais áreas acometidas pelas úlceras traumáticas são língua, lábios e mucosa jugal e caracterizam-se por áreas eritematosas que envolvem uma membrana fibrinopurulenta removível, podendo evoluir com uma área queratinizada ao redor da lesão.

Resposta correta.


As principais áreas acometidas pelas úlceras traumáticas são língua, lábios e mucosa jugal e caracterizam-se por áreas eritematosas que envolvem uma membrana fibrinopurulenta removível, podendo evoluir com uma área queratinizada ao redor da lesão.

A alternativa correta é a "C".


As principais áreas acometidas pelas úlceras traumáticas são língua, lábios e mucosa jugal e caracterizam-se por áreas eritematosas que envolvem uma membrana fibrinopurulenta removível, podendo evoluir com uma área queratinizada ao redor da lesão.

 

2. Em relação às úlceras orais, assinale V (verdadeiro) ou F (falso).

(  ) A presença de úlceras com recorrência entre 15 e 30 dias, em mucosa queratinizada, é característica da doença de Riga-Fede.

(  ) O diagnóstico da doença de Behçet depende exclusivamente dos achados histopatológicos da doença.

(  ) O líquen plano é um dos diagnósticos diferenciais diante de um paciente adulto com úlceras orais persistentes.

(  ) O diagnóstico de glossite migratória depende de exame histopatológico, que revela extensa colonização bacteriana.

Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta.

 

A) F — V — V — F

B) F — F — V — F

C) V — F — F — V

D) F — V — F — F

Confira aqui a resposta

Resposta incorreta. A alternativa correta é a "B".


A primeira afirmativa é falsa porque a presença de úlceras recorrentes, em mucosa não queratinizada, é característica da EARestomatite aftoide recorrente. A segunda afirmação é falsa porque o exame histopatológico não é necessário para o diagnóstico da doença de Behçet. A quarta afirmativa é falsa porque o diagnóstico de glossite migratória benigna não depende de exame histopatológico, e seu diagnóstico é clínico.

Resposta correta.


A primeira afirmativa é falsa porque a presença de úlceras recorrentes, em mucosa não queratinizada, é característica da EARestomatite aftoide recorrente. A segunda afirmação é falsa porque o exame histopatológico não é necessário para o diagnóstico da doença de Behçet. A quarta afirmativa é falsa porque o diagnóstico de glossite migratória benigna não depende de exame histopatológico, e seu diagnóstico é clínico.

A alternativa correta é a "B".


A primeira afirmativa é falsa porque a presença de úlceras recorrentes, em mucosa não queratinizada, é característica da EARestomatite aftoide recorrente. A segunda afirmação é falsa porque o exame histopatológico não é necessário para o diagnóstico da doença de Behçet. A quarta afirmativa é falsa porque o diagnóstico de glossite migratória benigna não depende de exame histopatológico, e seu diagnóstico é clínico.

 

3. Sobre o diagnóstico da doença de Behçet, assinale V (verdadeiro) ou F (falso).

(  ) O padrão histopatológico observado não é específico da doença, sendo encontrada geralmente uma vasculite leucocitoclástica.

(  ) A úlcera oral recorrente é uma aftosa ou cicatriz observada pelo médico ou pelo paciente.

(  ) Para o diagnóstico, o paciente deve apresentar úlceras orais recorrentes associadas a dois outros critérios específicos criados pelo Grupo de Estudo Internacional para a Doença de Behçet.

(  ) As lesões cutâneas são observadas pelo médico, em pacientes fora do período da adolescência e que não estejam usando corticosteroides.

Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta.

 

A) V — F — V — V

B) F — V — V — F

C) V — F — F — V

D) V — V — V — F

Confira aqui a resposta

Resposta incorreta. A alternativa correta é a "A".


A segunda afirmativa é falsa porque a úlcera genital recorrente, e não a úlcera oral recorrente, é uma aftosa ou cicatriz observada pelo médico ou pelo paciente.

Resposta correta.


A segunda afirmativa é falsa porque a úlcera genital recorrente, e não a úlcera oral recorrente, é uma aftosa ou cicatriz observada pelo médico ou pelo paciente.

A alternativa correta é a "A".


A segunda afirmativa é falsa porque a úlcera genital recorrente, e não a úlcera oral recorrente, é uma aftosa ou cicatriz observada pelo médico ou pelo paciente.

 

4. Sobre o tratamento do líquen plano, assinale a alternativa correta.

A) É feito com corticoide intralesional.

B) A terapêutica não é específica, e podem ser usados medicamentos sintomáticos, como corticoide tópico e anestésicos.

C) O uso de corticosteroides é controverso.

D) São administrados corticosteroides tópicos e, em casos esporádicos, corticoide intralesional.

Confira aqui a resposta

Resposta incorreta. A alternativa correta é a "D".


O tratamento do líquen plano é feito com corticosteroides tópicos para redução da inflamação e, em casos esporádicos, com corticoide intralesional.

Resposta correta.


O tratamento do líquen plano é feito com corticosteroides tópicos para redução da inflamação e, em casos esporádicos, com corticoide intralesional.

A alternativa correta é a "D".


O tratamento do líquen plano é feito com corticosteroides tópicos para redução da inflamação e, em casos esporádicos, com corticoide intralesional.

 

5. Observe as afirmativas a seguir sobre a doença do enxerto versus hospedeiro.

I — É uma doença rara, com incidência de menos de 30% em pacientes pós-TMOtransplante de medula óssea.

II — O diagnóstico é clínico e histopatológico, o qual revela infiltrado linfocitário e perda de nitidez da camada basal.

III — A talidomida pode ser usada em casos graves.

IV — Apresenta amplo espectro de lesões da mucosa oral.

Quais estão corretas?

 

A) Apenas a I, a II e a III.

B) Apenas a I, a II e a IV.

C) Apenas a I, a III e a IV.

D) Apenas a II, a III e a IV.

Confira aqui a resposta

Resposta incorreta. A alternativa correta é a "D".


A afirmativa I está incorreta porque a doença do enxerto versus hospedeiro é uma reação imunológica do enxerto de células imunocompetentes de um doador para um hospedeiro imunocomprometido. Apresenta uma incidência de 50 a 80% em pacientes pós-TMOtransplante de medula óssea.

Resposta correta.


A afirmativa I está incorreta porque a doença do enxerto versus hospedeiro é uma reação imunológica do enxerto de células imunocompetentes de um doador para um hospedeiro imunocomprometido. Apresenta uma incidência de 50 a 80% em pacientes pós-TMOtransplante de medula óssea.

A alternativa correta é a "D".


A afirmativa I está incorreta porque a doença do enxerto versus hospedeiro é uma reação imunológica do enxerto de células imunocompetentes de um doador para um hospedeiro imunocomprometido. Apresenta uma incidência de 50 a 80% em pacientes pós-TMOtransplante de medula óssea.

 

6. A mucosite é uma sequela da radiação ou da quimioterapia. Em geral, quando acontece a remissão da mucosite?

A) Em 1 semana após o término do tratamento.

B) Em 2 a 3 semanas após o término do tratamento.

C) Em 4 semanas após o término do tratamento.

D) Em 2 a 3 semanas do início do tratamento.

Confira aqui a resposta

Resposta incorreta. A alternativa correta é a "B".


A mucosite é uma sequela da radiação ou da quimioterapia, sendo caracterizada por atrofia epitelial, edema, eritema e ulcerações dolorosas recobertas por pseudomembranas. Em geral, a remissão da mucosite acontece em 2 a 3 semanas após o término do tratamento.

Resposta correta.


A mucosite é uma sequela da radiação ou da quimioterapia, sendo caracterizada por atrofia epitelial, edema, eritema e ulcerações dolorosas recobertas por pseudomembranas. Em geral, a remissão da mucosite acontece em 2 a 3 semanas após o término do tratamento.

A alternativa correta é a "B".


A mucosite é uma sequela da radiação ou da quimioterapia, sendo caracterizada por atrofia epitelial, edema, eritema e ulcerações dolorosas recobertas por pseudomembranas. Em geral, a remissão da mucosite acontece em 2 a 3 semanas após o término do tratamento.

 

7. Observe as afirmativas a seguir sobre as principais características da Gunagengivite ulcerativa necrosante aguda.

I — Gengivite com papila interdental inflamada, necrose e ulceração recoberta por pseudomembrana acinzentada e mobilidade dentária.

II — Tabagismo, deficiências nutricionais, imunossupressão, trauma local, má higiene oral e distúrbios do sono.

III — Há extrema colonização bacteriana.

IV — É mais comum em idosos.

Quais estão corretas?

 

A) Apenas a I e a II.

B) Apenas a I, a II e a III.

C) Apenas a II, a III e a IV.

D) Apenas a III e a IV.

Confira aqui a resposta

Resposta incorreta. A alternativa correta é a "B".


A afirmativa IV está incorreta porque a Gunagengivite ulcerativa necrosante aguda é mais comum em adultos jovens, não em idosos.

Resposta correta.


A afirmativa IV está incorreta porque a Gunagengivite ulcerativa necrosante aguda é mais comum em adultos jovens, não em idosos.

A alternativa correta é a "B".


A afirmativa IV está incorreta porque a Gunagengivite ulcerativa necrosante aguda é mais comum em adultos jovens, não em idosos.

 

8. Em relação à sífilis, assinale a alternativa correta.

A) A sífilis primária pode se manifestar na boca com máculas vermelhas ovais ou com erupções maculopapulares.

B) O tratamento de escolha é a penicilina benzatina.

C) Na sífilis terciária, o cancro duro é altamente contagioso.

D) A sífilis secundária tem como manifestação a goma — lesão endurecida nodular ou ulcerada, afetando, geralmente, o palato e a língua.

Confira aqui a resposta

Resposta incorreta. A alternativa correta é a "B".


A sífilis primária se apresenta como uma lesão ulcerada única, de bordas elevadas e indolores, e o cancro duro é altamente contagioso. A sífilis secundária pode se manifestar na boca com máculas vermelhas ovais, ou erupções maculopapulares ou ainda lesões nodulares ou placas mucosas com erosões com pseudomembranas branco-acinzentadas nas margens. Já a sífilis terciária, tem como manifestação a goma, lesão endurecida nodular ou ulcerada, afetando geralmente o palato e a língua. O tratamento de escolha é a penicilina benzatina, variando a dose com o estágio da doença.

Resposta correta.


A sífilis primária se apresenta como uma lesão ulcerada única, de bordas elevadas e indolores, e o cancro duro é altamente contagioso. A sífilis secundária pode se manifestar na boca com máculas vermelhas ovais, ou erupções maculopapulares ou ainda lesões nodulares ou placas mucosas com erosões com pseudomembranas branco-acinzentadas nas margens. Já a sífilis terciária, tem como manifestação a goma, lesão endurecida nodular ou ulcerada, afetando geralmente o palato e a língua. O tratamento de escolha é a penicilina benzatina, variando a dose com o estágio da doença.

A alternativa correta é a "B".


A sífilis primária se apresenta como uma lesão ulcerada única, de bordas elevadas e indolores, e o cancro duro é altamente contagioso. A sífilis secundária pode se manifestar na boca com máculas vermelhas ovais, ou erupções maculopapulares ou ainda lesões nodulares ou placas mucosas com erosões com pseudomembranas branco-acinzentadas nas margens. Já a sífilis terciária, tem como manifestação a goma, lesão endurecida nodular ou ulcerada, afetando geralmente o palato e a língua. O tratamento de escolha é a penicilina benzatina, variando a dose com o estágio da doença.

 

9. Sobre o CCEcarcinoma de células escamosas de boca, marque V (verdadeiro) ou F (falso).

(  ) O CCEcarcinoma de células escamosas de boca corresponde a cerca de 90 a 95% dos tumores malignos da cavidade oral.

(  ) Os fatores de risco mais relacionados são exposição crônica ao tabaco e ao álcool. Não existe qualquer associação com infecção pelo papilomavírus humano (HPVpapilomavírus humano).

(  ) A eritroplasia é uma lesão macular ou em placa avermelhada, sem diagnóstico clínico específico, às vezes, despercebida ou pouco valorizada no exame clínico e com potencial de malignização mais alto entre as lesões orais. Em 90% dos casos, já existe displasia ou algum grau de transformação maligna.

(  ) Outras doenças, como a granulomatose de Wegener, a tuberculose, a doença de Crohn e a sífilis terciária, podem apresentar-se com lesões semelhantes.

Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta.

 

A) F — V — V — F

B) V — V — F — F

C) F — F — V — F

D) V — F — V — V

Confira aqui a resposta

Resposta incorreta. A alternativa correta é a "D".


A segunda afirmativa é falsa, pois estudos recentes têm evidenciado relação entre HPVpapilomavírus humano e CCEcarcinoma de células escamosas de boca.

Resposta correta.


A segunda afirmativa é falsa, pois estudos recentes têm evidenciado relação entre HPVpapilomavírus humano e CCEcarcinoma de células escamosas de boca.

A alternativa correta é a "D".


A segunda afirmativa é falsa, pois estudos recentes têm evidenciado relação entre HPVpapilomavírus humano e CCEcarcinoma de células escamosas de boca.

 

10. Sobre as lesões ulceradas, correlacione as colunas.

(1) Úlceras traumáticas

(2) EARestomatite aftoide recorrente

(3) Doença de Behçet

(4) Líquen plano

(5) Doença do enxerto versus hospedeiro

(6) Mucosite

(7) Gunagengivite ulcerativa necrosante aguda

(8) Sífilis

(9) CCEcarcinoma de células escamosas

(  ) Pode ocorrer descamação epitelial e presença de vesículas ou bolhas, gerando gengivite descamativa.

(  ) É uma afecção gengival associada a estresse psicológico e à infecção polimicrobiana.

(  ) Em lactentes, podem haver traumatismos crônicos em região sublingual, conhecidos como doença de Riga-Fede.

(  ) Entre as manifestações clínicas, estão acometimento cutâneo, gastrintestinal, do fígado e da mucosa oral, com amplo espectro de lesões.

(  ) As úlceras herpetiformes são múltiplas, com 1 a 2mm de diâmetro.

(  ) É causada pelo vírus Treponema pallidum.

(  ) É o quinto câncer mais comum em homens e o sétimo em mulheres.

(  ) A etiologia provável é uma imunodesregulação que se apresenta como uma vasculite.

(  ) É uma sequela da radiação ou quimioterapia, sendo caracterizada por atrofia epitelial, edema, eritema e ulcerações dolorosas recobertas por pseudomembranas.

Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta.

 

A) 4 — 7 — 1 — 5 — 2 — 8 — 9 — 3 — 6

B) 4 — 5 — 2 — 6 — 1 — 9 — 8 — 3 — 7

C) 3 — 9 — 1 — 6 — 2 — 8 — 7 — 4 — 5

D) 1 — 2 — 3 — 4 — 5 — 6 — 7 — 8 — 9

Confira aqui a resposta

Resposta incorreta. A alternativa correta é a "A".


(1) Em lactentes, podem haver traumatismos crônicos em região sublingual, conhecidos como doença de Riga-Fede, um tipo de úlcera traumática. (2) Na EARestomatite aftoide recorrente, as úlceras herpetiformes são múltiplas, com 1 a 2mm de diâmetro. (3) A etiologia provável da doença de Behçet é uma imunodesregulação que se apresenta como uma vasculite. (4) No líquen plano, podem ocorrer descamação epitelial e presença de vesículas ou bolhas, gerando gengivite descamativa. (5) Entre as manifestações clínicas da doença do enxerto versus hospedeiro, estão acometimento cutâneo, gastrintestinal, do fígado e da mucosa oral, com amplo espectro de lesões. (6) A mucosite é uma sequela da radiação ou da quimioterapia, sendo caracterizada por atrofia epitelial, edema, eritema e ulcerações dolorosas recobertas por pseudomembranas. (7) A Gunagengivite ulcerativa necrosante aguda é a afecção gengival associada ao estresse psicológico e à infecção polimicrobiana. (8) A sífilis é causada pelo vírus Treponema pallidum. (9) O CCEcarcinoma de células escamosas é o quinto câncer mais comum em homens e o sétimo em mulheres.

Resposta correta.


(1) Em lactentes, podem haver traumatismos crônicos em região sublingual, conhecidos como doença de Riga-Fede, um tipo de úlcera traumática. (2) Na EARestomatite aftoide recorrente, as úlceras herpetiformes são múltiplas, com 1 a 2mm de diâmetro. (3) A etiologia provável da doença de Behçet é uma imunodesregulação que se apresenta como uma vasculite. (4) No líquen plano, podem ocorrer descamação epitelial e presença de vesículas ou bolhas, gerando gengivite descamativa. (5) Entre as manifestações clínicas da doença do enxerto versus hospedeiro, estão acometimento cutâneo, gastrintestinal, do fígado e da mucosa oral, com amplo espectro de lesões. (6) A mucosite é uma sequela da radiação ou da quimioterapia, sendo caracterizada por atrofia epitelial, edema, eritema e ulcerações dolorosas recobertas por pseudomembranas. (7) A Gunagengivite ulcerativa necrosante aguda é a afecção gengival associada ao estresse psicológico e à infecção polimicrobiana. (8) A sífilis é causada pelo vírus Treponema pallidum. (9) O CCEcarcinoma de células escamosas é o quinto câncer mais comum em homens e o sétimo em mulheres.

A alternativa correta é a "A".


(1) Em lactentes, podem haver traumatismos crônicos em região sublingual, conhecidos como doença de Riga-Fede, um tipo de úlcera traumática. (2) Na EARestomatite aftoide recorrente, as úlceras herpetiformes são múltiplas, com 1 a 2mm de diâmetro. (3) A etiologia provável da doença de Behçet é uma imunodesregulação que se apresenta como uma vasculite. (4) No líquen plano, podem ocorrer descamação epitelial e presença de vesículas ou bolhas, gerando gengivite descamativa. (5) Entre as manifestações clínicas da doença do enxerto versus hospedeiro, estão acometimento cutâneo, gastrintestinal, do fígado e da mucosa oral, com amplo espectro de lesões. (6) A mucosite é uma sequela da radiação ou da quimioterapia, sendo caracterizada por atrofia epitelial, edema, eritema e ulcerações dolorosas recobertas por pseudomembranas. (7) A Gunagengivite ulcerativa necrosante aguda é a afecção gengival associada ao estresse psicológico e à infecção polimicrobiana. (8) A sífilis é causada pelo vírus Treponema pallidum. (9) O CCEcarcinoma de células escamosas é o quinto câncer mais comum em homens e o sétimo em mulheres.

 

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