- Introdução
O surgimento dos antipsicóticos, e a sua consequente utilização na prática clínica, revolucionou a ciência, a assistência e o tratamento psiquiátrico da população diagnosticada com esquizofrenia e transtorno bipolar (TB). Os sintomas dessas patologias passaram a ser mais bem controlados, possibilitando a desinstitucionalização e a reinserção social das pessoas acometidas.1
No entanto, com o passar dos anos, alguns limites terapêuticos dos antipsicóticos ficaram aparentes, além dos efeitos colaterais que as medicações de primeira geração traziam, o que justificou uma busca por tratamentos que provocassem menos efeitos colaterais. A primeira medicação considerada de segunda geração, ou “atípica”, foi a clozapina.1
Após a clozapina, outros antipsicóticos foram produzidos, todos chamados de segunda geração ou atípicos. O que se pode verificar, entretanto, é que cada fármaco tem um perfil diferente de ação e diferentes efeitos colaterais, por isso, em algumas seções deste artigo, os antipsicóticos serão abordados de forma individual, com o objetivo de descrever as características farmacológicas e práticas para o uso de antipsicóticos em pessoas com esquizofrenia.
- Objetivos
Ao final da leitura deste artigo, o leitor será capaz de
- classificar os mecanismos de ação dos antipsicóticos de segunda geração (ASGantipsicóticos de segunda geração);
- identificar a farmacodinâmica e a farmacocinética dos ASGantipsicóticos de segunda geração e seus efeitos colaterais mais comuns;
- descrever o esquema de monitoração de sinais vitais e exames complementares durante o uso de antipsicóticos;
- manejar os efeitos colaterais mais comuns dos ASGantipsicóticos de segunda geração;
- reconhecer as formas de troca de antipsicóticos;
- identificar as indicações do uso de clozapina e a monitoração dos efeitos colaterais;
- classificar os fármacos mais indicados na esquizofrenia na adolescência.
- Esquema conceitual