Objetivos
Ao final da leitura deste capítulo, o leitor estará será capaz de
- explicar como ocorre o controle respiratório durante a vigília e o sono;
- identificar as diferentes formas de manifestação da apneia central do sono (ACS);
- descrever o papel do sistema metabólico na fisiopatologia da ACS;
- distinguir as ACS hipercápnica e não hipercápnica, mecanismos e classificações;
- diferenciar as abordagens terapêuticas na ACS.
Esquema conceitual
Introdução
Os distúrbios respiratórios do sono referem-se a uma série de eventos que ocorre no trato respiratório durante o sono, podendo ser desde um ronco até interrupções no ritmo respiratório. Essas interrupções podem gerar a ausência de fluxo de ar pelo trato respiratório e, quando a ausência é completa (total), denomina-se apneia.
As interrupções também podem ocorrer de forma parcial, permitindo uma reduzida, porém presente passagem de ar, caracterizando as hipopneias. Ambas ocorrem momentaneamente (com, pelo menos, 10 segundos de duração) e podem ser cíclicas, mas, em geral, são suficientes para causar hipoxemia, hipercapnia e despertares.
A Academia Americana de Medicina do Sono (AASM, em inglês, American Academy of Sleep Medicine), por meio do seu documento International Classification of Sleep Disorders, terceira edição, classifica os distúrbios respiratórios do sono como1
- apneia obstrutiva do sono (AOS);
- ACS;
- hipoventilação relacionada ao sono;
- hipoxemia relacionada ao sono.
Neste capítulo, será abordada, especificamente, a ACS, com suas formas de apresentação, fisiopatologia, seus mecanismos e intervenções.