Objetivos
Ao final da leitura deste capítulo, o leitor será capaz de
- descrever termos e conceitos essenciais para avaliação e interpretação das atividades de vida diária (AVDs) e da atividade física na vida diária (AFVD);
- reconhecer os principais meios de avaliação objetiva das AVDs e da AFVD em pacientes com doenças respiratórias e cardíacas crônicas;
- compreender as formas de interpretação dos resultados dessas avaliações.
Esquema conceitual
Introdução
Nos anos 1990 e início dos anos 2000, era muito usual que as avaliações das AVDs e da AFVD fossem realizadas apenas por meio de questionários. Era comum encontrar grandes estudos científicos publicados em excelentes revistas, que utilizavam questionários para avaliar pacientes com doenças respiratórias e cardíacas.
No entanto, a tecnologia tem sido cada vez mais incorporada à prática clínica, e a avaliação objetiva da AFVD e das AVDs ganha cada vez mais reconhecimento. Atualmente, as limitações dos instrumentos subjetivos de avaliação são conhecidas no mundo todo. Sabe-se, por exemplo, que os indivíduos tendem a superestimar o autorrelato da quantidade de atividade realizada no seu dia e que os instrumentos de avaliação auxiliam o fisioterapeuta em uma análise mais acurada.
Com o intuito de evitar os erros de medida atrelados ao autorrelato, pode-se dizer que, atualmente, é essencial incluir o componente objetivo para quantificar corretamente as AVDs e as AFVDs. Observa-se que a avaliação totalmente objetiva ou híbrida (subjetiva com um componente objetivo) tem sido cada vez mais presente na literatura científica.
Este capítulo visa descrever os principais meios de avaliação objetiva das AVDs e da AFVD que podem ser utilizados em pacientes com doenças respiratórias e cardíacas crônicas, bem como discutir aspectos de sua interpretação.