Objetivos
Após a leitura deste capítulo, o leitor será capaz de
- combater qualquer tipo de violência à mulher e a grupos minoritários, principalmente a violência que ocorre dentro dos serviços de saúde, com posturas inadequadas;
- proporcionar um atendimento empático e respeitoso às vítimas de violência sexual;
- prestar um melhor atendimento às vítimas de violência sexual, atentando-se para fornecer acolhimento humanizado, exame físico minucioso, coleta de exames de forma racional, profilaxias bem indicadas e o adequado encaminhamento desse paciente na rede básica.
Esquema conceitual
Introdução
Uma menina ou mulher é estuprada a cada 10 minutos no país. Esses dados foram retirados do anuário Brasileiro de Segurança Pública de 2022 e leva em consideração apenas os registros de Boletins de Ocorrência (BOs). A incidência ficou em 51,8 para cada 100 mil habitantes do sexo feminino,1 no entanto, pode ser muito maior: estudos estimam que apenas 10 a 15% das ocorrências são relatadas às autoridades.2 Esses dados são alarmantes e nos apontam um problema crônico de saúde pública.
Muitos avanços nessa área têm sido feitos, no entanto, ainda se está longe de ser uma sociedade justa e segura não só para a população feminina, mas também para a população LGBTQIA+, para as populações mais pobres e para as pessoas com deficiências. Esses dados devem ser enfrentados como um grande desafio de saúde pública, uma das muitas prioridades nos esforços de construção de um país melhor.