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ATUALIZAÇÃO NO TRATAMENTO FARMACOLÓGICO DAS EPILEPSIAS

Lécio Figueira Pinto

Luiz Eduardo Betting

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Objetivos

Ao final da leitura deste capítulo, o leitor será capaz de

  • atualizar-se sobre os princípios e as sugestões de especialistas que guiam o tratamento farmacológico das epilepsias;
  • considerar os princípios gerais da seleção de fármacos anticrises (FACs) para tratamento inicial e terapia de adição/politerapia;
  • descrever as condições especiais para uso de FACs;
  • listar os aspectos relacionados a adesão e tolerabilidade dos medicamentos;
  • reconhecer o papel do canabidiol (CBD) no tratamento das epilepsias;
  • identificar o término do tratamento e realizar a monitoração terapêutica.

Esquema conceitual

Introdução

O tratamento das epilepsias tem base no uso de FACs,1 que controlam as crises na maioria dos pacientes.2 Em indivíduos que não respondem ao tratamento farmacológico, outras opções devem ser consideradas, como as seguintes:3

  • cirurgia ressectiva;
  • calosotomia;
  • neuroestimulação (estimulação do nervo vago/estimulação cerebral profunda);
  • dieta cetogênica.

A escolha adequada do FAC é muito importante. Dados apontam que, para a maioria dos indivíduos, o controle das crises ocorre com o primeiro ou com o segundo fármaco administrado, mas raramente com o terceiro.2 Além disso, em 86,8% dos pacientes o controle completo das crises acontece com a monoterapia.2,4

O tratamento das epilepsias é um desafio para os profissionais envolvidos na área. Atualmente, existem mais de 25 fármacos disponíveis e cabe ao médico a seleção do tratamento mais adequado; portanto, a escolha do FAC com o melhor perfil de eficácia, segurança e tolerabilidade é o objetivo a ser alcançado.

Apesar de todo o desenvolvimento científico, aproximadamente um terço dos indivíduos com epilepsia persiste com crises,1 o que acarreta um impacto significativo na qualidade de vida desses indivíduos e de seus familiares.

Algumas características individuais e da doença precisam ser consideradas para a escolha do FAC mais adequado, como idade, comorbidades, medicações em uso, sexo e, principalmente, o tipo predominante de crise.5 O tratamento individualizado, por meio da chamada “medicina de precisão”, parece ser o ideal.

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