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DOENÇA DE ALZHEIMER: USO DE BIOMARCADORES NA PRÁTICA CLÍNICA E IMPLICAÇÕES NO TRATAMENTO

Liara Rizzi

Marcio Luiz Figueredo Balthazar

Sonia Maria Dozzi Brucki

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Objetivos

Ao final da leitura deste capítulo, o leitor será capaz de

  • revisar os desenvolvimentos recentes em biomarcadores para a doença de Alzheimer (DA);
  • avaliar como os diferentes biomarcadores podem ser usados na DA;
  • discutir as abordagens que podem ser adotadas para rastrear e esclarecer a patologia subjacente em pessoas com comprometimento cognitivo;
  • reconhecer o diagnóstico e o monitoramento de medidas para o tratamento da DA.

Esquema conceitual

Introdução

As doenças neurodegenerativas são caracterizadas pelo acúmulo intra ou extracelular de proteínas específicas, chamadas também de proteinopatias. A DA corresponde ao principal tipo de demência neurodegenerativa.1

Na DA, as principais alterações patológicas são caracterizadas por placas neuríticas no parênquima cerebral, formadas pelo peptídeo β-amiloide (βA1-42) e por emaranhados neurofibrilares intraneuronais, constituídos pela proteína tau hiperfosforilada (p-tau181).1 Essas alterações resultam em perda neuronal, disfunção de redes neurofuncionais e atrofia cerebral, com consequente alteração progressiva da memória episódica e de outras funções cognitivas.2

A análise histopatológica cerebral na autópsia historicamente é o padrão-ouro para diagnosticar a DA. No entanto, em razão do aumento da prevalência da doença em todo o mundo e com a disponibilidade cada dia mais iminente de tratamentos modificadores dessa condição, mais do que nunca, é necessário o desenvolvimento de técnicas que permitam um diagnóstico precoce, in vivo e seguro. No momento, não há um fármaco aprovado capaz de modificar a neurodegeneração causada pela DA.2

Em julho de 2021, o aducanumab foi aprovado pela agência controladora americana (em inglês, Food and Drug Administration [FDA]), o primeiro anticorpo monoclonal para uso clínico. Esse avanço inclui o aumento no financiamento de pesquisas, melhor compreensão da fisiopatologia da DA, além de resultados promissores em ensaios com imunoterápicos com alta probabilidade de aprovação.2

O número de indivíduos que espera por uma terapia modificadora da doença é amplo e crescente. A prevalência para todas as causas de demência aumentará, de estimados 50 milhões de pessoas em 2010, para 113 milhões em 2050 em todo o mundo.3

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