Introdução
O câncer de mama se apresenta como problema de saúde pública mundial, correspondendo a 26% dos novos casos de câncer em mulheres e representando 15% das mortes por câncer segundo estatísticas americanas.1 No Brasil e no mundo, esse é o principal câncer feminino, excluindo-se o de pele não melanoma.
Para o Brasil, estimam-se 66.280 casos novos de câncer de mama para cada triênio 2020–2022. Esse valor corresponde a um risco estimado de 61,61 novos casos a cada 100 mil mulheres.2
A classificação do tumor é importante, uma vez que será a guia para o tratamento, que inclui cirurgia, radioterapia e terapia sistêmica (quimioterapia, hormonioterapia, terapias-alvo e, mais recentemente, imunoterapia).
No manejo cirúrgico, devem ser abordadas tanto a mama, propriamente dita, como a axila, visto que é o primeiro local de disseminação. Este capítulo irá revisar, específicamente, os conceitos básicos do linfonodo sentinela, além de pontuar inovações em sua abordagem.
Objetivos
Ao final da leitura deste capítulo, o leitor será capaz de
- identificar os principais métodos diagnósticos do câncer de mama inicial;
- descrever as classificações clínica, histológica e molecular do câncer de mama;
- reconhecer as principais indicações de aconselhamento genético;
- caracterizar e indicar os principais tipos de tratamento (local ou sistêmico);
- atualizar-se sobre as principais abordagens axilares em relação à técnica;
- descrever os manejos de pós-tratamento — seguimento.