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POSIÇÃO MATERNA NO SEGUNDO PERÍODO DO PARTO

Autores: Mirela Foresti Jiménez, Michele Mendes Grandi, Patrícia El Beitune, Tayara Piggato
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Introdução

Em 1882, Engelman, observou que as mulheres, não influenciadas pelas convenções ocidentais, evitavam a posição dorsal e mudavam, sempre que possível, de posição, de forma natural durante o processo.1 No entanto, atualmente, a maioria das mulheres nas sociedades ocidentais assume as posições dorsal, semi-inclinada ou litotomia. Com a introdução do fórceps obstétrico, houve uma tendência para mudança na posição materna no período expulsivo, de uma posição vertical para uma posição horizontal.

A posição assumida pelas mulheres durante o parto é influenciada por vários fatores, e estes são muito complexos. O comportamento"instintivo" é difícil de identificar, porque ele é fortemente influenciado por normas culturais. Para as sociedades nas quais a maioria dos nascimentos ocorre em instalações hospitalares, a posição materna, ao longo dos anos, foi moldada por várias influências, como:1

 

  • expectativas e demandas do atendimento médico vigente;
  • necessidade de monitoramento fetal;
  • terapia intravenosa e anestesia, incluindo anestesia regional;
  • exames médicos;
  • procedimentos médicos realizados no parto.

Existem, há muito tempo, controvérsias sobre as posições maternas no segundo período do parto e se elas apresentam alguma vantagem para o parto e o nascimento. Este capítulo apresentará uma revisão atualizada e baseada nas melhores evidências científicas sobre a influência das posições verticalizadas comparadas às posições horizontalizadas em pacientes sem analgesia e com analgesia, para que se possa fornecer uma orientação ou recomendação no momento da escolha da posição materna no segundo período do parto.1

Objetivos

Ao final da leitura deste capítulo, o leitor será capaz de

 

  • identificar as posições que podem ser assumidas pela gestante no segundo período do parto;
  • listar hipóteses que apoiam a utilização das posições verticalizadas;
  • descrever a necessidade de avaliar separadamente as pacientes que estão sob analgesia;
  • definir o tipo de orientação que deve ser dada à gestante sem analgesia para a melhor escolha da posição, com base em evidências científicas;
  • definir o tipo de orientação que deve ser dada à gestante sob analgesia para a melhor escolha da posição, com base em evidências científicas.

Esquema conceitual

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