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CARCINOMA DE TIROIDE NA INFÂNCIA E ADOLESCÊNCIA

Fernanda Vaisman

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  • Introdução

Os nódulos tiroidianos são muito comuns na população adulta, especialmente os achados por exames ultrassonográficos, em que a frequência pode chegar a 67% nas populações de maior risco, como mulheres e idosos.1 Quando se consideram achados de exame físico, a frequência cai para 4 a 7%; em séries de autópsia, essa prevalência pode chegar a 50%. Apesar de comuns, apenas uma minoria — 5% do total de nódulos — é maligna.2 Dos carcinomas classificados como diferenciados (carcinoma papilífero de tiroide [CPTcarcinoma papilífero de tiroide] e carcinoma folicular de tiroide [CFTcarcinoma folicular de tiroide]), o mais comum é o papilífero, observado em 80 a 90% dos casos. Na sequência, estão os CFTcarcinoma folicular de tiroides (de 5 a 8%),3 os não diferenciados (anaplásicos) e os medulares.4

Exceto pelos carcinomas anaplásicos, que apresentam alta letalidade, o prognóstico geralmente é muito bom em termos de sobrevida. Em 10 anos, a sobrevida global estimada é de 95% para casos de CPTcarcinoma papilífero de tiroide, de mais de 70% para casos de CFTcarcinoma folicular de tiroide e acima de 85% para os carcinomas medulares com linfonodos negativos; porém, cai para 40% em pacientes que apresentam invasão ganglionar.3

Na infância, o câncer de tiroide é uma patologia rara, sendo responsável por 1,5 a 3% de todos os carcinomas nessa faixa etária.5 Semelhante aos adultos, o carcinoma diferenciado de tiroide (CDTcarcinoma diferenciado de tiroide) é o mais comum, principalmente o CPTcarcinoma papilífero de tiroide. Na faixa etária pediátrica, os fatores de risco importantes a serem considerados são a história familiar de doença tiroidiana e a exposição à radiação. Como já demonstrado em diversos estudos,6,7 a exposição à radiação é responsável pelo aumento da incidência de câncer de tiroide em crianças, especialmente após o acidente de Chernobyl.8

  • Objetivos

Ao final da leitura deste capítulo, o leitor será capaz de

 

  • descrever a epidemiologia do carcinoma de tiroide infantil;
  • identificar os fatores de risco para o desenvolvimento de carcinoma de tiroide na infância;
  • estadiar e acompanhar corretamente pacientes pediátricos com carcinoma de tiroide.

 

  • Esquema conceitual
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