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CETOACIDOSE EUGLICÊMICA NO DEPARTAMENTO DE EMERGÊNCIA

Autores: Letícia Santos Berbert Faria Evaristo, Thais Mayumi Honda Padilha, Hélio Penna Guimarães
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Objetivos

Ao final da leitura deste capítulo, o leitor será capaz de

  • definir os critérios de cetoacidose diabética (CAD), bem como seus fatores precipitantes;
  • identificar de forma precoce um quadro de cetoacidose euglicêmica;
  • distinguir as etiologias da cetoacidose euglicêmica;
  • apresentar os possíveis diagnósticos diferenciais dos quadros de cetoacidose;
  • tratar de forma adequada um quadro de cetoacidose euglicêmica.

Esquema conceitual

Introdução

A CAD é uma emergência que pode aparecer com certa frequência nos serviços de pronto atendimento. A CAD é uma importante causa de mortalidade em pacientes diabéticos, mas também pode ocorrer em pessoas sem diagnóstico de diabetes melito (DM) estabelecido previamente.1

A CAD estabelece-se no contexto de deficiência absoluta ou relativa de insulina e aumento dos hormônios contrarreguladores (cortisol, catecolaminas, glucagon e hormônio do crescimento [GH]), que estimulam a gliconeogênese hepática, a glicogenólise e a lipólise, levando à formação de corpos cetônicos. Outras causas não tão raras de CAD incluem a cetoacidose alcoólica e a cetoacidose por jejum prolongado, com apresentação clínica muito similar ao quadro clássico.1

Classicamente, o quadro de CAD caracteriza-se por cetose, acidose metabólica e hiperglicemia. Entretanto, pode ocorrer no estado euglicêmico também, o que talvez atrase seu diagnóstico e tratamento, com possibilidade de sérias complicações e até mesmo de óbito.1 Por isso, é importante que o emergencista saiba como reconhecer de forma precoce um quadro de cetoacidose euglicêmica, seus critérios diagnósticos, suas possíveis etiologias e seu tratamento adequado.

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