Objetivos
Ao final da leitura deste capítulo, o leitor será capaz de
- definir os critérios de cetoacidose diabética (CAD), bem como seus fatores precipitantes;
- identificar de forma precoce um quadro de cetoacidose euglicêmica;
- distinguir as etiologias da cetoacidose euglicêmica;
- apresentar os possíveis diagnósticos diferenciais dos quadros de cetoacidose;
- tratar de forma adequada um quadro de cetoacidose euglicêmica.
Esquema conceitual
Introdução
A CAD é uma emergência que pode aparecer com certa frequência nos serviços de pronto atendimento. A CAD é uma importante causa de mortalidade em pacientes diabéticos, mas também pode ocorrer em pessoas sem diagnóstico de diabetes melito (DM) estabelecido previamente.1
A CAD estabelece-se no contexto de deficiência absoluta ou relativa de insulina e aumento dos hormônios contrarreguladores (cortisol, catecolaminas, glucagon e hormônio do crescimento [GH]), que estimulam a gliconeogênese hepática, a glicogenólise e a lipólise, levando à formação de corpos cetônicos. Outras causas não tão raras de CAD incluem a cetoacidose alcoólica e a cetoacidose por jejum prolongado, com apresentação clínica muito similar ao quadro clássico.1
Classicamente, o quadro de CAD caracteriza-se por cetose, acidose metabólica e hiperglicemia. Entretanto, pode ocorrer no estado euglicêmico também, o que talvez atrase seu diagnóstico e tratamento, com possibilidade de sérias complicações e até mesmo de óbito.1 Por isso, é importante que o emergencista saiba como reconhecer de forma precoce um quadro de cetoacidose euglicêmica, seus critérios diagnósticos, suas possíveis etiologias e seu tratamento adequado.