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Choque

Autor: David Ferez
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  • Introdução

O termo choque foi cunhado na medicina há mais de dois séculos devido a muitas condições em que os ferimentos de batalhas pareciam desproporcionais e misteriosamente pequenos quando comparados com o colapso imediato ou gradual dos processos vitais. O enigma foi muito bem colocado por Sir Astley Cooper, em seu Comentário sobre os ferimentos de guerra, quando chamou a atenção para o fato de que muitos soldados haviam morrido sem perda significativa de sangue, dor intensa ou ferimento grave.1

O choque é uma condição com risco importante à vida em razão da hipóxia celular. Os efeitos do choque, se rapidamente reconhecidos e tratados, podem ser reversíveis; no entanto, tornam-se irreversíveis quando ocorre um atraso na terapêutica, resultando em falência múltipla de órgãos (FMOfalência múltipla de órgãos) e morte.2

Quando o paciente apresenta o estado de choque, ainda que não esteja bem definido, inicia-se de imediato uma terapia comum, enquanto se identifica a etiologia, de modo que a terapia definitiva possa ser administrada para reverter e impedir a FMOfalência múltipla de órgãos e a morte.

  • Objetivos

Ao final da leitura deste artigo, o leitor será capaz de

 

  • identificar os vários tipos de choque;
  • analisar as principais variáveis hemodinâmicas dos tipos de choque;
  • distinguir as variáveis do metabolismo do oxigênio e seu comportamento nos diversos tipos de choque;
  • descrever a reposição volêmica mais adequada no choque hipovolêmico;
  • indicar a monitoração mais adequada no choque.

 

  • Esquema conceitual

 

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