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COMPETÊNCIAS FUNDAMENTAIS DO ENFERMEIRO GESTOR

Luciane Aparecida Zanetti

Michele do Rocio Maier

epub-BR-PROENF-GES-C10V3_Artigo1

Introdução

Nos diversos serviços de saúde, mais especificamente no âmbito hospitalar, as atividades de gestão do enfermeiro assumem significativa importância na articulação entre os profissionais da equipe e na organização do processo de trabalho.1 É da mais elementar justiça relevar, na história da enfermagem e, em particular, na gestão em enfermagem, Florence Nightingale.

Florence Nightingale demonstrou a importância da aplicação da ciência da administração nos hospitais. Desde então, a enfermagem tem absorvido funções de administração, quer em nível organizacional, quer em nível da unidade e da equipe.1

A atuação do enfermeiro como gestor de hospitais privados se encontra na responsabilidade de dirigir uma unidade assistencial ou de apoio. No âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS), o foco está na abrangência da atuação, englobando aspectos estratégicos e de articulação política. No entanto, o enfermeiro sempre será o responsável pelo gerenciamento da assistência de enfermagem prestada ao paciente e a sua família.2

Frente ao panorama de atuação do enfermeiro, impera a necessidade de discussão do tema para melhor compreender o papel do enfermeiro gestor em instituições de saúde. Dessa forma, serão descritas neste capítulo as competências encontradas na literatura relacionada a essa atuação do enfermeiro, entre elas:2

 

  • liderança;
  • motivação da equipe;
  • relacionamento interpessoal e comunicação;
  • efetividade interpessoal;
  • gestão financeira e de recursos humanos;
  • cuidados às pessoas (quadro funcional, pacientes e consigo mesmo);
  • pensamento sistematizado, otimismo e resiliência.

Em relação às características que definem as competências gerenciais de uma equipe de alto desempenho nos serviços de enfermagem, entre outras, podem ser citadas:3

 

  • liderança;
  • alinhamento de propósitos;
  • comunicação afetiva;
  • visão comum do futuro;
  • foco no cliente;
  • talentos criativos;
  • rapidez de respostas;
  • responsabilidades e competências compartilhadas;
  • senso de justiça;
  • ética.

Todas as características apontadas são comuns a qualquer organização, independentemente de sua filosofia, estrutura ou estratégia organizacional.3

Para o desenvolvimento das competências, os sistemas de informação disponíveis oferecem uma infinidade de ferramentas. Cabe ao enfermeiro saber filtrá-las, extraindo delas o que há de melhor e o que interessa para a tomada de decisão quanto à melhoria das organizações de saúde e de ensino, qual seja sua área de atuação.3

Isso significa que o enfermeiro deverá ser capaz de transferir seus conhecimentos para a prática diária, desenvolver seu julgamento clínico, avaliar o resultado de suas ações, assim como assumir a responsabilidade dos resultados do planejamento da assistência.3

No processo de amadurecimento de competências, é necessário que as organizações de saúde forneçam apoio por meio do acompanhamento do crescimento e do investimento do capital humano.4 Para isso, impera a definição das políticas de recrutamento, capacitação e retenção de talentos. A escolha dos profissionais adequados por meio de programas institucionais diferenciados permite o desenvolvimento de pessoas que garantam o sucesso da instituição de saúde.3

Objetivos

Ao final da leitura deste capítulo, o leitor será capaz de

 

  • refletir sobre a trajetória de desenvolvimento de competências do enfermeiro;
  • identificar as competências essenciais ao profissional enfermeiro;
  • reconhecer o papel do enfermeiro como gestor;
  • identificar os desafios de desenvolvimento do enfermeiro no cenário atual.

Esquema conceitual

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