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COMPLICAÇÕES E DIFICULDADES INTRAOPERATÓRIAS DA ESTAPEDOTOMIA

Autores: Letícia Petersen Schmidt Rosito, Sady Selaimen da Costa, Enio Tadashi Setogutti, Inesângela Canali
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  • Introdução

A fixação da platina do estribo como causa de perda auditiva condutiva foi descrita pela primeira vez em 1869, por Toynbee. Posteriormente, ainda no século XIX, Politzer descreveu a anquilose do estribo na janela oval, consagrando o nome otosclerose, utilizado até hoje.1 A partir de então, surgiram vários estudos a respeito da etiologia e patogênese da doença, além de outros avaliando opções de tratamento clínico e cirúrgico, como a cirurgia estapedial, cujo objetivo é reestabelecer a vibração fisiológica dos fluidos dentro da cóclea.

Ao longo dos anos, muitos avanços levaram à estratégia cirúrgica atualmente utilizada. Em 1934, Sourdille propôs a fenestração labiríntica como tratamento, que consistia na trepanação da mastoide com exposição do canal semicircular lateral, onde era feita uma pequena abertura (fenestra).2

Posteriormente, Julius Lempert modificou a técnica, e, em 1955, John Shea propôs a fenestração da janela oval, consagrada como estapedectomia.3 O resultado dessa intervenção era muito superior ao da fenestração de Lempert, com bom ganho auditivo.

Anos mais tarde, Shea modificou a sua técnica, abrindo um pequeno orifício na platina do estribo, uma microfenestra. Essa cirurgia, então, passou a ser chamada de estapedotomia e a ser adotada universalmente.

Os objetivos das alterações das técnicas de estapedotomia, desde os primórdios, são a proteção da cóclea e o maior ganho auditivo. A estapedotomia visa restaurar a mobilidade da cadeia ossicular por meio da substituição da supraestrutura do estribo por uma prótese, fazendo uma microfenestra na platina do estribo para garantir mobilidade.

Existem variações nas técnicas de estapedotomia e, ainda, vários tipos e modelos de próteses, mas o conceito básico e os passos essenciais são similares, e a experiência de cada cirurgião é ela um critério fundamental para a escolha.

  • Objetivos

Ao final da leitura deste artigo, o leitor será capaz de:

 

  • descrever as potenciais complicações e dificuldades intraoperatórias da estapedotomia e o seu manejo;
  • identificar no, pré-operatório, achados que possam minimizar as possíveis complicações e dificuldades transoperatórias da cirurgia do estribo.
  • Esquema conceitual
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