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PRESBIACUSIA

Autores: Patrícia Santos Pimentel, Danielle Seabra Ramos
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  • Introdução

A audição é um processo complexo, dependente de um sistema periférico de captação, amplificação e processamento do som e de um sistema central para interpretá-lo. Isto é, para que um indivíduo ouça, a onda sonora deve ser captada pela orelha externa, amplificada pela orelha média e transformada em impulso elétrico pela orelha interna, o qual percorrerá a via auditiva até o córtex, onde ganhará significado.1,2 O comprometimento de qualquer etapa descrita pode levar ao prejuízo da detecção e discriminação sonora.

Problemas da orelha externa, como cerume impactado, e da orelha média, como descontinuidade do sistema tímpano-ossicular por otite média crônica, ou, ainda, agressões à orelha interna, como exposição ao ruído e uso de ototóxicos, podem ser os responsáveis pela deficiência auditiva no idoso. No entanto, indivíduos com 60 anos de idade ou mais caracterizam um grupo peculiar, no qual a prevalência de perda auditiva aumenta em uma relação positiva com o avançar da idade, especialmente como consequência do envelhecimento. Esse processo é conhecido como presbiacusia.1,3–5

A presbiacusia, termo que exprime a condição auditiva do idoso, originária do grego prébys (idoso) e ákousis (ouvir), consiste na diminuição da percepção e discriminação auditiva; ou seja, é o prejuízo à sensibilidade para ouvir e compreender o que se ouve, decorrente do envelhecimento, em um processo multifatorial que pode evoluir nos mais variados graus.2

A presbiacusia resulta em uma perda auditiva neurossensorial bilateral simétrica, cujo grau de acometimento varia de acordo com a carga genética e os fatores ambientais aos quais o indivíduo foi submetido ao longo da vida. Pode variar de uma perda leve, com dificuldade apenas em situações nas quais haja forte presença de ruído competitivo, até a incapacidade de discriminar a fala. Nesse sentido, a reabilitação auditiva é fundamental para garantir um envelhecer saudável.

  • Objetivos

Ao final da leitura deste artigo, o leitor será capaz de:

 

  • identificar a prevalência e principal etiologia da perda auditiva no idoso;
  • descrever a fisiopatologia da presbiacusia e as suas consequências;
  • inferir a repercussão da perda auditiva na qualidade de vida do idoso;
  • aplicar as estratégias de reabilitação auditiva para o idoso.
  • Esquema conceitual
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