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COMPREENDENDO A CERATOCONJUNTIVITE SECA

Autores: Rogério Magno do Vale Barroso, Thiago Alegre Coelho Ferreira, Gabriela Rodrigues Sampaio, Rayssa Dias Faleiro
epub-PROMEVET-PA-C7V4_Artigo3

Objetivos

Ao final da leitura deste capítulo, o leitor será capaz de

  • caracterizar a composição e as funções da lágrima;
  • reconhecer a importância imunológica das glândulas lacrimais e da lágrima;
  • reconhecer o mecanismo imunológico envolvido na ceratoconjuntivite seca (CCS);
  • identificar os sinais clínicos da CCS;
  • indicar o diagnóstico e o tratamento da CCS.

Esquema conceitual

Introdução

A CCS é uma enfermidade comum em pequenos animais, principalmente em cães. A incidência de CCS em cães é de aproximadamente 1%.1

A CCS caracteriza-se por alterações quantitativas do componente aquoso do filme lacrimal, mas pode ser derivada também da deficiência dos componentes lipídicos e mucosos. Estudos recentes têm mostrado que tanto a CCS dos cães como a de indivíduos da espécie humana têm sua gênese a partir de alterações do sistema imune.2

É comum imaginar a lágrima apenas como um mero artifício de lubrificação e nutrição, e, de fato, essas seriam suas funções genéricas. Entretanto, associar a lágrima apenas a essas funções é “dar de ombros” para a complexa composição de todas as frações do filme lacrimal, bem como para todos os mecanismos autócrinos/parácrinos essenciais para a homeostase da superfície ocular. Há de se destacar também o papel imunológico desempenhado pelo filme lacrimal, sendo importante componente da imunidade inata e humoral.3–5 O entendimento com profundidade desses mecanismos auxilia na escolha ou exclusão de certos tratamentos que podem ser ineficazes ou redundantes, além de ser de conhecimento praticamente obrigatório para todo especialista.

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