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TRAUMA CRANIOENCEFÁLICO EM CÃES E GATOS

Autores: Renato Moran Ramos, Danyelle Rayssa Cintra Ferreira
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Objetivos

Ao final da leitura deste capítulo, o leitor será capaz de

  • compreender os mecanismos fisiopatológicos do trauma cranioencefálico (TCE);
  • empregar adequada abordagem clínica no paciente com TCE;
  • realizar adequada avaliação neurológica do paciente com TCE e solicitar os exames adequados;
  • estabilizar o paciente com TCE;
  • empregar o tratamento específico para o encéfalo lesionado;
  • reconhecer as condutas cujo emprego é indicado com base nas evidências científicas.

Esquema conceitual

Introdução

O TCE é causa de significativa morbidade e mortalidade em cães e gatos, podendo ocorrer a partir de muitos tipos de trauma, os quais incluem acidentes automobilísticos, lesões por projéteis ou por esmagamento, ataques de outros animais, trauma infligido por humanos e quedas.1–4 É importante que o clínico não tire conclusões prognósticas fundamentadas apenas na aparência inicial do paciente, pois as medidas terapêuticas devem ser realizadas de maneira precoce e adequada para prevenir a deterioração neurológica de muitos cães e gatos, que poderão atingir uma recuperação funcional satisfatória.

As diretrizes para o ideal manejo do paciente humano com TCE foram desenvolvidas e estão sempre evoluindo; todavia, não há um consenso no que se refere ao manejo de cães e gatos com esse trauma. Assim, a maioria das recomendações terapêuticas, na medicina veterinária, tem base em investigações experimentais, extrapolação de estudos em humanos e experiência de autores.1

Diversos tratamentos para o TCE continuam a ser debatidos e investigados; muitas vezes, faltam fortes evidências científicas que os justifiquem como conduta terapêutica e, por isso, podem não ser indicados. Para que se institua o tratamento adequado, é essencial uma compreensão completa dos mecanismos envolvidos nas lesões primária e secundária pós-trauma. Por essa razão, este capítulo irá abordar a fisiopatologia das injúrias primária e secundária, a avaliação clínica inicial, a estabilização do paciente, o tratamento e o prognóstico do TCE em cães e gatos.

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