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COMPROMETMENTO COGNITIVO — O QUE ESPERAR DAS IMAGENS

Autores: Heraldo de Oliveira Mello Neto, Patrícia Áurea Andreucci Martins Bonilha
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Objetivo

Ao final da leitura deste capítulo, o leitor será capaz de

 

 

  • identificar as causas mais comuns de síndromes demenciais;
  • distinguir as alterações radiológicas esperadas em cada variante;
  • interpretar os diagnósticos diferenciais para definição de conduta terapêutica.

Esquema conceitual

Introdução

A definição de demência envolve o comprometimento cognitivo, amnésico ou não, que interfere nas atividades de vida diária da pessoa, a qual se torna dependente para executar tarefas que antes realizava sozinha.

Uma pessoa que procura atendimento em neurologia por queixa de declínio cognitivo deve ser avaliada com ferramentas que analisem os cinco domínios cognitivos: memória, linguagem, executivo, visuoespacial e personalidade/comportamento. Além disso, deve-se sempre questionar sobre a progressão do déficit, primeiros sintomas observados pelo paciente ou familiares, tempo de evolução do déficit e outros sinais e sintomas associados, como alteração motora, disfunção de esfíncteres, comprometimento do sono, entre outros.

Além de anamnese e exame físico, a investigação inicial da demência envolve a solicitação de exames laboratoriais, com o objetivo de diagnosticar ou excluir causas reversíveis de demência, como sífilis, HIV, outras infecções, hipovitaminoses e disfunção tireoidiana.

É também imprescindível a realização de exame de imagem do encéfalo, preferencialmente a ressonância magnética (RM), pois, dessa forma, avalia-se a existência de lesões estruturais que possam causar a queixa cognitiva, além de ser possível classificar o tipo da demência em alguns casos. Para isso, existem escalas que auxiliam o clínico e radiologista, entre elas:

 

 

  • Fazekas, que avalia o grau de microangiopatia na substância branca encefálica;
  • Scheltens, que gradua a atrofia hipocampal;
  • Koedam, que indica a atrofia parietal.

As Figuras 1A–D apresentam um exemplo de atrofia parietal classificada de acordo com a escala Koedam.

FIGURA1: A) Lobos parietais com volume normal, sem atrofia; B) atrofia parietal leve, com discreto alargamento dos sulcos; C) atrofia parietal moderada, com alargamento considerável dos sulcos; D) grave atrofia do giro posterior, com importante aumento dos sulcos. // Fonte: Arquivo de imagens dos autores.

A seguir, será apresentada a classificação das causas de comprometimento cognitivo e as alterações que se podem encontrar nas imagens.

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