- Introdução
A conduta na síndrome dos ovários policísticos (SOPsíndrome dos ovários policísticos) exige um entendimento da estreita interface existente entre o contexto genético, endócrino-metabólico e a repercussão dos fatores ambientais, apesar de ainda não ter a sua etiopatogenia completamente elucidada.1
Por se tratar de uma doença endócrina complexa de ocorrência relativamente frequente, 5 a 10%, durante o menacme1 e reconhecida por suas consequências reprodutivas e anormalidades metabólicas com implicações para toda a vida da mulher, exige atenção focada em múltiplas abordagens. As disfunções menstruais, o hiperandrogenismo, a infertilidade, as repercussões cardiometabólicas e as morbidades resultantes são alguns dos aspectos que exigem atenção diferenciada.
A manifestação que se deseja controlar ou tratar e a prevenção de complicações decorrentes dos distúrbios da homeostase causados pela SOPsíndrome dos ovários policísticos devem ser o alvo de condutas. Este artigo pretende subsidiar os especialistas na abordagem das manifestações da SOPsíndrome dos ovários policísticos, que reflete apenas um dos quadros relacionados ao conjunto de sinais e sintomas possíveis, bem como elencar as técnicas terapêuticas e medidas preventivas contra sequelas futuras.
- Objetivos
Ao final da leitura deste artigo, o leitor será capaz de
- reconhecer as manifestações clínicas da SOPsíndrome dos ovários policísticos;
- identificar, entre as opções disponíveis, o método de tratamento mais indicado de acordo com o desejo e a solicitação da paciente e com a manifestação da SOPsíndrome dos ovários policísticos;
- minimizar ou anular eventuais intercorrências futuras da SOPsíndrome dos ovários policísticos, promovendo qualidade de vida a longo prazo às portadoras da síndrome.
- Esquema conceitual