- Introdução
A condição do colo uterino é a principal variável para o desencadeamento fisiológico do parto. O colo em condição favorável é um indicador de sucesso do parto por via vaginal quando é induzido o trabalho de parto. Qualquer método de indução é provável de ser eficaz em gestante com colo favorável, ao passo que nenhum método tem muito sucesso quando realizado em gestante com colo do útero em condição desfavorável, ou seja, firme, posterior e sem dilatação ou esvaecimento. Se o colo do útero se encontra desfavorável, é necessário que seja empregado um processo de maturação antes da indução.
O amolecimento físico e a distensibilidade do colo do útero caracterizam o processo de amadurecimento cervical — um processo complexo, que resulta na remodelação do colo, envolvendo dissolução enzimática de fibras de colágeno, aumento do teor de água e alterações químicas. Essas modificações são induzidas por alterações hormonais envolvendo estrógeno, progesterona, relaxina, citocinas, prostaglandinas (PGprostaglandinas) e enzimas da síntese de óxido nítrico.1
As técnicas principais utilizadas para promover o amadurecimento cervical podem envolver métodos mecânicos, tais como a inserção de cateteres ou dilatadores cervicais, e aplicação de substâncias para maturação cervical, como a PGprostaglandina. A opção irá depender das condições do colo.
- Objetivos
Ao final da leitura deste artigo, o leitor será capaz de
- reconhecer os métodos disponíveis para promover a maturação cervical em gestantes, com o intuito de obter sucesso na indução do parto vaginal;
- identificar, entre as opções possíveis, o método de maturação cervical mais apropriado de acordo com as características da gestante;
- avaliar o sucesso do procedimento de maturação cervical para promover a indução do trabalho de parto.
- Esquema conceitual
