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CONDUTA NOS PÓLIPOS DE INTESTINO GROSSO

Autor: Ana Maria Zuccaro
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  • Introdução

O câncer colorretal (CCRcâncer colorretal) é a terceira causa de morte por câncer e a segunda maior causa nos EUA e na Europa Ocidental.1,2 A incidência de CCRcâncer colorretal no Brasil varia de acordo com a região, sendo o segundo tumor mais frequente na Região Sudeste, o terceiro nas Regiões Sul e Centro-Oeste e o quarto nas Regiões Norte e Nordeste. Estima-se que, no ano de 2016, ocorreram 16.660 novos casos em homens e 17.620 em mulheres. Esses valores correspondem a um risco estimado de 16,84 casos novos/100 mil homens e 17,10 para cada 100 mil mulheres.3

A incidência aumenta proporcionalmente com a idade (a partir de 50 anos de idade). Aproximadamente 75% dos casos são de origem esporádica em indivíduos com mais de 50 anos de idade, independente de sinais ou sintomas; 20% são de origem familiar; o restante, secundário à doença inflamatória intestinal e a síndromes de CCRcâncer colorretal hereditárias, destacando-se a síndrome de Lynch e a polipose adenomatosa familiar (em inglês, familial adenomatous polyposis [FAPpolipose adenomatosa familiar]) e suas variantes.

A importância da detecção, do seguimento e da conduta adequados nos pólipos do intestino grosso fundamenta-se no fato de que aproximadamente 95% dos casos de CCRcâncer colorretal derivam de lesões adenomatosas polipoides ou planas.4,5 De acordo com o National Polyp Study, nos EUA, a colonoscopia com polipectomia reduz a incidência de CCRcâncer colorretal entre 76 e 90%, comparando pacientes submetidos à colonoscopia com três estudos de coorte.6

As recomendações de rastreio de CCRcâncer colorretal em indivíduos assintomáticos após os 50 anos de idade, a ressecção das lesões encontradas e a vigilância endoscópica, nos casos indicados, possuem um impacto significativo na redução da incidência e mortalidade do CCRcâncer colorretal. A adoção dessa recomendação possibilita o diagnóstico das lesões precursoras do CCRcâncer colorretal e o diagnóstico do câncer na fase precoce, proporcionando uma sobrevida significativamente maior do que quando diagnosticado na fase avançada.

LEMBRAR

Nos indivíduos com história familiar (HFhistória familiar) de CCRcâncer colorretal fortemente positiva, esse rastreio tem início de forma mais precoce. A conduta nos indivíduos portadores de síndromes polipoides adenomatosas é planejada de acordo com a doença genética.

Essa prevenção secundária para o CCRcâncer colorretal é altamente eficaz e reduz, de maneira considerável, a sua mortalidade nos indivíduos submetidos a rastreamento por colonoscopia por meio da identificação e ressecção dos pólipos colorretais, das lesões precursoras do câncer ou do câncer precoce.

As novas tecnologias agregadas à endoscopia digestiva aumentam a acurácia diagnóstica, assim como a definição de condutas terapêuticas mais específicas.

  • Objetivos

Ao final da leitura deste artigo, o leitor será capaz de

 

  • distinguir que, sob o nome genérico de “pólipos do intestino grosso”, lida-se com doenças distintas em sua forma, histologia e potencial de malignidade;
  • identificar os diferentes tipos de pólipos do intestino grosso;
  • identificar as condutas terapêuticas e a vigilância endoscópica diferenciadas de pólipos do intestino grosso;
  • descrever as tecnologias agregadas à endoscopia digestiva que aumentam a acurácia diagnóstica de pólipos do intestino grosso.
  • Esquema conceitual
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