- Introdução
Lesões subepiteliais são usualmente encontradas em pacientes que se submetem a endoscopia digestiva alta (EDAendoscopia digestiva alta) devido a sintomas que, com frequência, não se relacionam diretamente à presença da lesão subepitelial. Na prática clínica gastrenterológica, diz-se que são “achados de exame”. Essas lesões são descritas endoscopicamente como localizadas abaixo da mucosa; por isso, subepiteliais. A maioria delas é pequena, menor que 2cm, e apresenta tipos histológicos benignos como:1–3
- lipomas;
- leiomiomas;
- cistos de duplicação;
- tecidos heterotópicos;
- hemangiomas.
Outras lesões podem ser constituídas por tipos histológicos com potencial de malignidade, como os tumores carcinoides e os tumores estromais gastrintestinais (GISTtumor estromal gastrintestinals). Mais raramente, um terceiro grupo pode ser constituído por lesões que sejam percebidas como malignas já ao diagnóstico, como o leiomiossarcoma e o linfoma.1–3
A localização dessas lesões abaixo da mucosa pode trazer algum desafio diagnóstico, pois a biópsia simples frequentemente não recolhe material adequado ao patologista para o correto diagnóstico histológico.
A punção aspirativa por agulha fina (PAAFpunção aspirativa por agulha fina), guiada por ecoendoscopia, e a dissecção submucosa endoscópica podem oferecer material adequado para o diagnóstico histológico de lesões subepiteliais e, eventualmente, podem se constituir em ferramenta terapêutica.
O artigo aborda as diferentes lesões subepiteliais do esôfago, descrevendo suas principais características. São arroladas as características dos leiomiomas, GISTtumor estromal gastrintestinals, tumores neuroendócrinos (TNEtumor neuroendócrinos), schwannomas, lipomas, tumores de células granulares, hemangiomas e cistos de duplicação esofágica. O artigo também traz aspectos do diagnóstico dessas lesões e suas respectivas terapêuticas.
- Objetivos
Ao final da leitura deste artigo, o leitor será capaz de
- descrever as lesões subepiteliais do esôfago;
- distinguir as características dessas lesões;
- instituir o diagnóstico das lesões subepiteliais esofágicas;
- identificar as possibilidades para o correto tratamento.
- Esquema conceitual
