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Condutas do enfermeiro no manuseio da pressão arterial invasiva na unidade de emergência

Autores: Denilson Dionizio, Marina Godinho Hubner, Vanessa Stefanie Guimarães, Vitória Eloir Vieira de Souza
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Objetivos

Ao final da leitura deste capítulo, o leitor será capaz de

  • reconhecer as principais indicações e contraindicações da pressão arterial invasiva (PAI);
  • identificar os cuidados de enfermagem que devem ser prestados ao paciente com PAI;
  • indicar os materiais necessários para a montagem do circuito de PAI;
  • reconhecer a importância do empoderamento do enfermeiro no manuseio da PAI.

Esquema conceitual

Introdução

Os serviços de urgência e emergência são essenciais na assistência à saúde e considerados serviços abertos no Sistema Único de Saúde (SUS). Contudo, há, nesses setores, sobrecarga de serviços, entre eles, os relacionados a demanda excessiva, problemas de estruturação das redes de atenção à saúde, escassez no dimensionamento de recursos humanos e nos recursos materiais, violência e acidente de trabalho. Tudo isso compromete a qualidade do atendimento.1

Os serviços de urgência e emergência são destinados ao atendimento de pacientes com problemas agudos e com alta complexidade, garantindo assistência rápida e imediata quando o risco de morte é iminente e requerendo equipes preparadas.1

No ambiente intra-hospitalar, muitas vezes, o primeiro contato entre enfermeiros e pacientes dá-se por meio da classificação de risco ou da sala de estabilização de pacientes graves (sala vermelha). O enfermeiro faz-se presente em todo decorrer do atendimento, prestando cuidados diretos ao paciente, em procedimentos tais como punção arterial, coleta e avaliação de exames gasométricos, coleta de swabs, aspiração de vias aéreas superiores (VASs) e endotraqueal, cateterismo gástrico e enteral, entre diversos outros procedimentos e condutas privativas da profissão.2

O enfermeiro que atua na emergência apresenta êxito em sua atuação quando domina não só a teoria e a prática, mas principalmente quando sistematiza sua assistência, realizando os cuidados de forma individualizada e humanizada.

No âmbito da equipe de enfermagem, a punção arterial tanto para coleta de sangue visando à realização de gasometria quanto para a instalação de cateter intra-arterial para a monitoração da PAI é um procedimento privativo do enfermeiro.3

Entre as competências importantes para o exercício da prática de enfermagem no atendimento pré e intra-hospitalar pelo enfermeiro, estão o raciocínio clínico para tomada de decisão e a habilidade para executar as intervenções prontamente.4 Portanto, a PAI é um procedimento fundamental, comumente realizado nas terapias intensivas, de que o enfermeiro deve se apropriar de acordo com critérios bem estabelecidos e implementar já na emergência para o paciente gravemente enfermo.

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