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PAPEL DO PROFISSIONAL DE SAÚDE DA URGÊNCIA E EMERGÊNCIA NO CONTROLE DAS INFECÇÕES RELACIONADAS À ASSISTÊNCIA À SAÚDE

Autores: Rodrigo Reghini da Silva, Raphaella de Almeida Ferreira, Cláudio José de Souza, Zenith Rosa Silvino, Thais Guimarães
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Objetivos

Ao final da leitura deste capítulo, o leitor será capaz de

  • reconhecer o serviço de urgência/emergência como uma unidade desafiadora para a prevenção das infecções relacionadas à assistência à saúde (IRAS);
  • fortalecer a prática de higienização das mãos como uma das principais estratégias para interromper o ciclo de transmissão em ambientes de assistência à saúde;
  • identificar os conceitos e a importância das medidas de precaução padrão (PP) e precauções baseadas na transmissão na prevenção das IRAS;
  • destacar a contribuição de boas práticas na inserção e na manutenção de dispositivos invasivos;
  • sistematizar a assistência de enfermagem no serviço de urgência/emergência para a prevenção das IRAS;
  • caracterizar o papel do enfermeiro no gerenciamento adequado dos antimicrobianos para a diminuição da resistência antimicrobiana e a mitigação do consumo inadequado de antimicrobianos;
  • relacionar a desinfecção e a esterilização de dispositivos médicos reutilizáveis com a prevenção das IRAS.

Esquema conceitual

Introdução

As IRAS representam um importante problema de saúde pública, não só no Brasil, mas em todo o mundo. Além disso, estão entre os principais eventos adversos ocorridos nos serviços de saúde. A cada 100 pacientes internados em hospitais, sete pacientes em países de alta renda e 15 pacientes em países de baixa e média renda irão adquirir pelo menos uma IRAS durante a sua internação.1

As IRAS contribuem com impacto importante nas taxas de morbidade e mortalidade dos pacientes, com aumento substancial nos gastos das instituições de saúde e maior tempo de internação hospitalar, sem considerar os gastos intangíveis.

Nos últimos anos, a pandemia de COVID-19 e a emergência de saúde pública decorrente do surto de Monkeypox criaram desafios únicos para os serviços de saúde, obrigando o serviço de urgência/emergência a atender e tratar simultaneamente pacientes gravemente enfermos. Isso trouxe riscos adicionais, que são o estado de infecção desconhecido dos pacientes, as instalações superlotadas e sem ventilação adequada, a escassez de profissionais de saúde e de equipamentos de proteção individual (EPIs), favorecendo o risco de transmissão cruzada dentro do serviço de urgência/emergência.

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