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CONTRACEPÇÃO NO PUERPÉRIO

Autor: Ricardo Vasconcellos Bruno
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  • Introdução

A contracepção no puerpério é muito importante para se evitar nova gravidez, considerada uma grande preocupação da Organização Mundial da Saúde (OMSOrganização Mundial da Saúde), em função de aumentar a morbidade e a mortalidade, seja neonatal ou materna, quando acontece subsequente e sem uma preparação.1,2

Os intervalos curtos entre as gestações comprometem a sáude da gravidez por diversos motivos, como ruptura prematura de membranas, nascimento pré-termo, crescimento intrauterino restrito, hemorragias uteroplacentárias e comprometimentos neurológicos fetais.3,4

Também se considera que muitas, se não a maioria, das gestações no puerpério podem ser indesejavéis, o que levaria a transtornos psicológicos, como, por exemplo, a depressão materna.5 Portanto, é fundamental que a contracepção no pós-parto seja iniciada o mais imediato possível, lembrando que existe contraindicação para o uso de estrogênio, isto é, métodos combinados, em mulheres que estejam amamentando.3,6,7

Este capítulo dará destaque aos contraceptivos reversíveis de longa ação (do inglês, long-acting reversible contraception [LARCcontraceptivos reversíveis de longa ação]), pois acredita-se que eles são os mais bem indicados.3,6,7 Estudos vêm demostrando essa maior efetividade dos LARCcontraceptivos reversíveis de longa açãos sobre, inclusive, a esterilização cirúrgica.8,9 Também serão abordados os métodos contraceptivos indicados no puerpério, suas vantagens e desvantagens dentro dos critérios de elegibilidade da OMSOrganização Mundial da Saúde.10

  • Objetivos

Ao final da leitura deste capítulo, o leitor será capaz de

 

  • identificar os riscos do tromboembolismo venoso (TEVtromboembolismo venoso) profundo;
  • orientar o uso de métodos contraceptivos utilizados no Brasil para as pacientes que estão no puerpério e não desejam uma nova gravidez, segundo os critérios de elegibilidade médica da OMSOrganização Mundial da Saúde;
  • definir a amenorreia fisiológica da amamentação;
  • avaliar as cirurgias para esterilização;
  • descrever os métodos de contracepção usados no Brasil.
  • Esquema conceitual
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