Objetivos
Ao final da leitura deste capítulo, o leitor será capaz de
- identificar os craniofaringeomas (CFs) como neoplasias envolvendo a região selar–suprasselar;
- avaliar a faixa etária infantil como a mais afetada pelos CFs;
- reconhecer os dois tipos anatomopatológicos de CFs: adamantinomatoso (aCF) e papilar (pCF);
- diferenciar os aCFs dos pCFs em suas características clínicas, radiológicas e moleculares;
- propor um tratamento para CFs fundamentado no risco de complicações;
- discutir as complicações ocasionadas pelo próprio tumor e pelo tratamento dos CFs.
Esquema conceitual
Introdução
Os CFs são neoplasias intracranianas geralmente localizadas na região suprasselar; consistem em tumores epiteliais benignos derivados dos remanescentes do ducto craniofaríngeo, originário da bolsa de Rathke.1
Os CFs apresentam incidência de 0,13 por 100 mil pessoas/ano, sem diferenças relacionadas ao sexo dos pacientes. A idade de diagnóstico demonstra uma distribuição bimodal com picos aos 5 a 14 e aos 65 a 74 anos de idade.2
Há dois tipos anatomopatológicos de CFs: o aCF e o pCF. Apesar da histologia benigna, por sua localização peculiar e pelo padrão de crescimento infiltrativo, os CFs podem ocasionar elevada morbidade, com complicações locais e endócrinas.1,3