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DIABETES MELLITUS: TIPO MODY

Autor: Regina S. Moisés
epub-BR-PROENDOCRINO-C14V3_Artigo5

Objetivos

Ao final da leitura deste capítulo, o leitor será capaz de

  • identificar as características clínicas da diabetes mellitus: tipo MODY;
  • reconhecer as principais causas genéticas de MODY e seus fenótipos;
  • discutir o tratamento mais efetivo para os diferentes subtipos de MODY.

Esquema conceitual

Introdução

MODY — acrônimo de maturity-onset diabetes of the young — é um grupo clinicamente heterogêneo de formas monogênicas de diabete mellitus (DM), resultante de mutações em heterozigose em genes envolvidos no desenvolvimento ou na função das células β pancreáticas; caracteriza-se por: 1

  • início precoce do diabetes — usualmente antes dos 25 a 30 anos de idade;
  • ausência de autoanticorpos contra antígenos pancreáticos;
  • ausência de sinais de resistência à insulina;
  • persistência da secreção endógena de insulina.

Este grupo é a forma monogênica mais comum de diabetes; até o presente, variantes patogênicas em 14 genes foram associadas com o fenótipo MODY.

Originalmente, no que se refere à nomenclatura dos subtipos de MODY, foi utilizada a ordem em que o locus/gene causal foi descrito na literatura (MODY 1, MODY 2, e assim por diante). Entretanto, conforme mais genes foram sendo identificados, uma nomenclatura mais útil foi aplicada, com a abreviação do gene envolvido após o termo MODY, entre eles:

  • HNF4A (MODY1);
  • GCK (MODY 2);
  • HNF1A (MODY 3);
  • PDX1 (MODY 4);
  • HNF1B (MODY 5);
  • NEUROD1 (MODY 6);
  • KLF11 (MODY 7);
  • CEL (MODY 8);
  • PAX4 (MODY 9);
  • INS (MODY10);
  • BLK (MODY 11);
  • ABCC8 (MODY 12);
  • KCNJ11 (MODY 13);
  • APPL1 (MODY 14).

Há ainda uma porcentagem de pacientes com o fenótipo clássico de MODY que não apresentam mutações nesses genes mencionados, provavelmente pela presença de loci ainda não identificados. A eles, refere-se como MODY X. Esses subtipos de MODY diferem em idade de apresentação, padrão de hiperglicemia, resposta ao tratamento e manifestações extrapancreáticas, sendo importante o diagnóstico genético.

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