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DANOS DA RADIAÇÃO E MEDIDAS DE PROTEÇÃO EM PROCEDIMENTOS CARDIOLÓGICOS

Rochelle Lykawka

Iana Quintanilha de Borba

Ana Maria Rocha Krepsky

Alexandre Bacelar

Leandro Ioschpe Zimerman

Danos da radiação e medidas de proteção em procedimentos cardiológicos

Objetivos

Ao final da leitura deste capítulo, o leitor será capaz de

  • identificar possíveis riscos da exposição de pacientes e trabalhadores às radiações ionizantes em procedimentos guiados por raios X em cardiologia;
  • reconhecer as diferentes grandezas e unidades de medida que envolvem a exposição de trabalhadores e pacientes às radiações;
  • estabelecer melhorias de conduta na realização de procedimentos, com objetivo de redução da exposição às radiações ionizantes para pacientes e trabalhadores.

Esquema conceitual

Introdução

Os benefícios da aplicação das radiações ionizantes para realizar diagnóstico ou guiar procedimentos em cardiologia são imensuráveis. De acordo com o United Nations Scientific Committee on the Effects of Atomic Radiation (UNSCEAR),1 os procedimentos de cardiologia intervencionista representam as maiores doses efetivas médias por exame diagnóstico.

Os procedimentos de cardiologia intervencionista podem propiciar altas taxas de dose de radiação tanto em pacientes quanto em profissionais da área, podendo ocasionar danos em curto prazo (reações teciduais — efeitos determinísticos) e em longo prazo (efeitos estocásticos).

Neste capítulo, serão abordadas as reações teciduais radioinduzidas em pacientes e trabalhadores ocasionadas em função dos procedimentos de cardiologia intervencionista guiados por fluoroscopia (angiógrafo ou arco cirúrgico) com doses elevadas, bem como os possíveis efeitos estocásticos, como o câncer, para essa população. Para compreensão dos gatilhos desses efeitos, será dada especial atenção aos indicadores de risco — doses de radiação (grandezas e unidades) aplicadas ao paciente e à equipe assistencial. Também serão descritas as principais iniciativas para reduzir o risco dos efeitos biológicos induzidos pela radiação.

Os riscos em função da exposição à radiação certamente não são os únicos e provavelmente também não são os mais importantes a serem considerados na decisão clínica para a avaliação de risco-benefício em cardiologia. No entanto, eles provavelmente são os menos conhecidos e menos considerados nas tomadas de decisões diárias dos cardiologistas. Dessa forma, torna-se essencial disseminar aspectos de segurança contra radiações sempre que seu uso for imprescindível.

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