Objetivos
Ao final da leitura deste capítulo, o leitor será capaz de
- revisar a definição e os critérios diagnósticos de comprometimento cognitivo leve (CCL) e declínio cognitivo subjetivo (DCS);
- reconhecer a importância de se estudar CCL e DCS, a partir da avalição de dados epidemiológicos;
- discutir estágios pré-demenciais da doença de Alzheimer (DA);
- analisar a abordagem terapêutica em CCL e DCS.
Esquema conceitual
Introdução
O envelhecimento geralmente é acompanhando pelo declínio de algumas funções cognitivas, como na velocidade de processamento e das memórias operacional e episódica.1 Todavia, na maioria das pessoas, esse declínio não é suficiente para determinar perda da autonomia nas atividades de vida diária (AVD). Por outro lado, demência é uma condição patológica associada a diversas etiologias (mais comumente processos neurodegenerativos) e ocorre quando há declínio cognitivo que leva a um prejuízo funcional.2,3
O CCL representa um declínio cognitivo mais acentuado do que o esperado para idade, mas com preservação da autonomia para exercer as AVD.4,5 Podem ocorrer dificuldades leves para executar tarefas complexas até então habituais, entretanto o indivíduo ainda é capaz de manter sua independência com mínima assistência.6
Por outro lado, comumente há a situação de um paciente com queixas cognitivas, porém com desempenho normal nos testes neuropsicológicos e sem prejuízo funcional, por isso tem sido proposto o termo DCS. Subjetivo, pois se refere a autopercepção do indivíduo, independentemente do desempenho objetivo em testes neuropsicológicos.6 Assim, o DCS representaria um estágio anterior ao CCL.